De acordo com a Deutsche Welle, o maior abrigo de animais da Europa fica em Berlim. A afirmação é endossada pela jornalista alemã Kathrin Spoerr, do jornal Die Welt, que o qualifica como “algo que provavelmente não existe em nenhum outro lugar na Alemanha ou no resto do mundo”.
O Abrigo Central de Berlim-Hohenschönhausen ou Tierheim Berlin, tem uma área de 16 hectares, o equivalente a 22 campos de futebol, onde 1,4 mil animais – entre cães, gatos, cobras, iguanas, macacos e outras espécies – recebem toda a assistência necessária.
Os moradores do abrigo têm histórias muito parecidas. A maioria foi vítima de maus-tratos, abandono, exploração ou algum tipo de negligência. Embora nem todos. O abrigo também recolhe e recebe animais desaparecidos.
Mas lá suas vidas são diferentes – pelo menos daqueles que sofreram com algum infortúnio. Além de bem alimentados, recebem toda a assistência necessária, e deixam o abrigo somente após a garantia de que estarão em boas mãos após cada adoção.
Mantido com doações, o abrigo também tem um hospital veterinário próprio, e invejável, porque funciona melhor do que muitas clínicas particulares. A jornalista Kathrin Spoerr conhece bem essa realidade. Quando seu companheiro felino desapareceu, ela o encontrou no abrigo, onde o animal já tinha um espaço próprio com direito à cama e cobertor cheirosos e incrivelmente confortáveis.
“Uma tigela cheia de comida – seca à esquerda e úmida à direita, e água no meio. Ele tinha sua própria caixa de areia, e havia lugares dentro e fora onde ele poderia se exercitar. Era como um hotel com serviço de quarto para gatos”, relata, acrescentando que uma senhora usando um uniforme que parecia de um guarda florestal se incumbia de alimentar, lavar e garantir o conforto dos animais.
“É um lugar fantástico. Não foi o tamanho que me impressionou. Foi sua beleza e modernidade (uma maravilha de 60 milhões de euros de vidro, concreto, luz e instalações de última geração projetadas por Dietrich Bangert), que fazem você quase esquecer que está em um abrigo, exceto pelo som de alguns cachorros latindo e meu gato pesado em sua cama”, enfatiza Kathrin Spoerr.
