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Ex-policiais investem no mercado vegano e devem faturar milhões em um ano

“Queremos desenvolver a marca e continuar crescendo, mas principalmente queremos dar ao consumidor uma escolha – um produto saudável” (Foto: The Times)

Os ex-policiais ingleses Bethany e Paul Eaton jamais imaginaram que um dia montariam um negócio que vale o equivalente a quase cinco milhões de reais. O casal desistiu da carreira policial há 18 meses, quando fundaram a empresa Nush, de produtos veganos – principalmente iogurtes e queijos de origem vegetal. Agora a previsão é de que nos próximos 12 meses a Nush alcance um faturamento que equivale a aproximadamente dez milhões de reais.

Mas o sucesso na oferta de produtos veganos não surgiu por acaso. Há mais de dez anos, Bethany e Paul notaram a escassez na oferta de opções de alimentos saudáveis e sem ingredientes de origem animal. O interesse se intensificou quando Bethany concluiu a licenciatura em nutrição. “Me lembro de estar sentada no jardim em um dia de agosto e perguntar a Paul por que não fazemos uma variedade de iogurtes de amêndoas e coco”, relatou em entrevista ao tabloide London Evening Standard.

Naquele tempo, o casal já não consumia nem laticínios, e chegaram a perder as contas de quantas vezes não encontraram nenhuma outra opção de iogurte vegetal que não fosse de soja. “Pensei: ‘Por que não fazer o meu próprio? Então começamos a fazer lotes dele [iogurte de amêndoas] em nossa cozinha”, informou Bethany Eaton.

Hoje o casal comercializa iogurte de amêndoas nos sabores natural, mirtilo, pêssego melba, caramelo e hibisco. Além disso, a Nush produz iogurte infantil em tubos e está lançando queijos macios de leite de amêndoas. Foram três anos se dedicando ao desenvolvimento dos produtos. “Os amigos achavam que éramos loucos. Todas as vezes que eles vieram nos visitar, Paul estava cozinhando leite de amêndoas no fogão”, citou Bethany.

Antes do lançamento da Nush, o casal era proprietário de uma franquia da marca de iogurte vegetal australiana Coyo, bastante popular no Reino Unido. “Quando estávamos andando pelas ruas de Shoreditch, nunca pensei que [um dia] estaríamos fazendo isso. Com toda honestidade, para nós isso nunca foi sobre dinheiro. Obviamente queremos desenvolver a marca e continuar crescendo, mas principalmente queremos dar ao consumidor uma escolha – um produto saudável, com pouco açúcar e que não seja muito caro”, enfatizou.

Jornalista (MTB: 10612/PR) e mestre em Estudos Culturais (UFMS).

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