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Celebração, gritaria, bezerro no chão

Movia os olhos. Não saía do lugar. Mobilidade destruída. Plateia ainda aplaudia

Celebração, gritaria, bezerro no chão. Pés amarrados, expressão de quem fazia força para se levantar. Cabeça subia, descia. Movia os olhos. Não saía do lugar. Mobilidade destruída. Plateia ainda aplaudia. Peão fez pose junto do bezerro. Fotos. Assustado. Fotos. Orientação era parecer normal. Para os fundos da arena. Dispararam entre os olhos. Ninguém ouviu. É só substituir. Plateia aplaudiu. Outro bezerro no chão.

Leia também “Vacas e bezerros também sofrem em propriedades familiares“, “Sobre um bezerro morto pela vontade humana“, “Queimando o rosto de um bezerro” e “Quando vi arrastarem um bezerro pela perna“.

Jornalista (MTB: 10612/PR) e mestre em Estudos Culturais (UFMS).

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