No Brasil, subiu para 12 o número de agências de turismo comprometidas em não oferecer interação com animais silvestres, conforme diretrizes indicadas pela organização Proteção Animal Mundial.
Isso significa turismo sem animais em cativeiro, sem apresentações de animais, sem qualquer tipo de acariciamento, nado, montaria, realização de selfies ou distribuição de petiscos.
A mais recente empresa a adotar diretrizes que reprovam essas práticas é a Poranduba Amazônia, uma agência fundada pela Comunidade Tumbira que promove um turismo de base comunitária na região de Manaus.
“Acredito que as pessoas estão cada vez mais conscientes de que a proteção da natureza, da floresta e dos animais é fundamental para um mundo saudável”, diz o coordenador geral da Poranduba, Bruno Mangolini, em referência à importância de não interferir na vida desses animais para turismo ou entretenimento.
Sem explorar animais silvestres, a agência oferece atividades como trilhas, passeios de canoa, banho de rio e passeios de lancha pelo Parque Nacional de Anavilhanas.
“Esse é mais um passo da agência em uma jornada já marcada pela sustentabilidade”, avalia a Proteção Animal Mundial, acrescentando que a Poranduba teve a iniciativa de comprometer-se voluntariamente com o bem-estar animal.
Outras empresas de turismo
Outras empresas que firmaram o mesmo compromisso são a Braziliando, Coletivo Muda!, Estação Gabiraba, Gondwana Brasil, Inverted America, Terra Brasilis Trip, Turismo Consciente, Turismo de Experiência, Uika, Viare Travel e Vivejar.
“Esse compromisso deve ser ativamente compartilhado e difundido, tanto internamente, incluindo funcionários e fornecedores, quanto externamente, com parceiros, clientes [turistas] e o público geral”, diz o gerente de campanhas de vida silvestre da Proteção Animal Mundial, João Almeida.
Segundo Bruno Mangolini, a Poranduba quer construir uma cultura local de sustentabilidade, respeito à natureza e responsabilidade com o meio ambiente e o outro. “Confirmar nosso compromisso em um documento é um passo importante para difundir essa cultura em nossa comunidade e em nossas práticas”, enfatiza.
“Queremos que nossas viagens sejam uma oportunidade de inspiração e trocas sobre a importância do meio ambiente para que as pessoas também tenham relações harmônicas.”
