Governo da Nova Zelândia financia produção de “frango de cânhamo”

Fotos: Riddet Institute/Sustainable Foods

Na Nova Zelândia, a fabricante de alternativas à carne Sustainable Foods recebeu NZD$ 1,92 milhão (US$ 1,25 milhão) do governo por meio do Fundo de Parceria Estratégica Regional – uma iniciativa com foco no desenvolvimento de uma economia de baixa emissão de carbono.

O valor será utilizado na produção de uma alternativa ao frango à base de cânhamo. A empresa que em abril recebeu recursos por meio de um fundo privado já cresceu 850% de 2019 para cá, segundo o CEO Justin Lemmens.

“Estamos muito satisfeitos pelo apoio do governo da Nova Zelândia enquanto nos esforçamos para produzir proteínas que façam a diferença na Nova Zelândia e no mundo.

De acordo com a Sustainable Foods, que comercializa seus produtos sob a marca Plan*t, a prioridade é produzir alimentos que sejam sustentáveis em todo o processo – do campo à mesa.

“Nossa jornada ajuda a definir nossas escolhas, desde nossos ingredientes até como nossos produtos são produzidos e embalados.”

O cultivo de cânhamo e seu uso em produtos alimentícios estão em expansão na Nova Zelândia. “Estamos concentrando esforços para ajudar os produtores a converterem suas safras em novos produtos alimentícios e de valor agregado para os mercados doméstico e internacional”, diz o professor e diretor do Riddet Institute, Harjinder Singh.

A instituição é conhecida como um centro nacional de excelência em pesquisas científicas fundamentais para as novas estratégias de produção de alimentos na Nova Zelândia.

Segundo Singh, o interesse por proteínas alternativas, principalmente substitutos de carne, está crescendo rapidamente. “Isso também aumenta nossa compreensão científica do cânhamo como fonte de alimento”, avalia o diretor do Riddet Institute.

“Todos os nossos produtos utilizam cânhamo, que é considerado uma das fontes alimentares mais completas do mundo do ponto de vista nutricional, aumentando o teor de proteína consumível total dos nossos produtos”, destaca Justin Lemmens.

Mas a Nova Zelândia não está de olho apenas em alternativas à carne. Produtores rurais da província de Southland, conhecida como uma tradicional região leiteira, estão investindo cada vez mais na produção de aveia visando atender à crescente demanda por leites vegetais.

Agora, em vez de enviarem seus grãos para outros países ou pagarem caro por tecnologia importada, os produtores veem um futuro promissor com a instalação de uma unidade com tecnologia nacional de processamento de leites vegetais inaugurada em Invercargill, em Southland, pela New Zealand Functional Foods, criada a partir de uma iniciativa da agência de desenvolvimento regional Greath South.

Outra vantagem da fábrica, que também tem sua importância associada à geração de empregos, é seu foco na neutralidade de carbono, o que vai ao encontro dos objetivos de sustentabilidade do governo da Nova Zelândia. A nova instalação representa um refinamento de uma infraestrutura de cultivo de aveia iniciada há 150 anos na região.

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Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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