Príncipe William diz que é preciso colocar traficantes de animais silvestres na prisão

“Embora tenhamos feito progressos, ainda estamos apenas tocando a superfície” (Foto: UFW)

Na semana passada, durante reunião da United For Wildlife, uma coalização formada por seis organizações que atuam em defesa da vida selvagem, o príncipe William foi convidado a comentar sobre o cenário atual do tráfico de animais silvestres.

Diante da plateia, ele declarou que é preciso fazer o possível para colocar traficantes de animais atrás das grades. A discussão girou em torno do comércio de partes de animais silvestres com as mais diversas finalidades.

William, que disse estar engajado na causa, também pediu mais apoio do setor privado para ajudar a combater o tráfico de animais. “Embora tenhamos feito progressos, ainda estamos apenas tocando a superfície”.

Ele lembrou também que desde que a coalização foi formalizada 52 investigações foram conduzidas pela United For Wildlife, culminando na prisão de 10 traficantes – o que William ressaltou como positivo.

Polêmica envolvendo caça de aves na Escócia

Em agosto do ano passado, o príncipe William se envolveu em uma polêmica quando ele e a duquesa Kate Middleton, levaram o príncipe George, de cinco anos, para participar de uma caçada de perdizes no Castelo de Balmoral, na Escócia.

A iniciativa gerou repercussão no Reino Unido e dividiu opiniões, considerando que, embora a caça seja considerada pela família real como uma atividade tradicional, a prática transmite para uma criança a ideia de que está tudo bem em matar algumas espécies de animais, mesmo que elas não representem qualquer ameaça.

Além dos pais, o garoto também estava em companhia da Rainha Elizabeth, do príncipe Charles e de outros membros da família real.

Segundo uma pesquisa encomendada pela League Against Cruel Sports e pela Animal Aid, 69% dos britânicos são contra a caça esportiva de aves, que em período de temporada culmina na morte diária de mais de 100 mil animais.

A prática, considerada cruel e desnecessária, estimula a criação anual de mais de 35 milhões de faisões e perdizes. Muitos desses animais são soltos na natureza para serem mortos por “esporte”.

“Embora haja alegações de que as aves são comidas, um grande número delas é descartada ou incinerada, porque há pouca demanda por carne de caça”, informa Chris Lufingham, diretor de campanhas da League Against Cruel Sports.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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