O carrinho do bebê humano é diferente do carrinho do bebê bovino. Um é para mobilidade e conforto e o outro é para imobilidade e desconforto.
Não é limpo. Não é usado pra passear. É pra afundar. É pra separar e depois matar.
Tem um par de correntes nos pés que não se vê. Tem palha grudada no corpo molhado recém tirado de outro corpo. Filho pra cá, mãe pra lá.
Não adianta mugir, berrar, tentar escapar. Não sabe nem onde está. Olha pra cá e pra lá. Fazem parecer que qualquer reação é uma forma de aceitação.
E o imposto estado de confusão? Não é só um par de mãos que o arrasta e joga dentro do carrinho. Falam que o corpo é resistente, que não é que nem gente. “Não dói.”
Falam qualquer coisa por quem não pode verbalizar. É só dissimular. Não aprendeu a correr nem a se esconder. E o tempo?
O bezerro é uma fragilidade violada pela vontade. Ele já não existe.
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