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Lula participará da Conferência do Clima da ONU e poderá anunciar quem comandará o Ministério do Meio Ambiente

De acordo com a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, o novo presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou participação na Conferência das Nações Unidas Sobre Mudanças Climáticas (COP27), que começa no Egito no domingo (6).

Além disso, Lula poderá anunciar durante o evento, que vai até o dia 18, quem comandará o Ministério do Meio Ambiente em 2023. “Ele está vendo a melhor semana para ir”, declarou Gleisi em um comunicado.

De acordo com a ONU, uma das prioridades do evento este ano é alertar que o mundo não está fazendo o suficiente para combater as emissões de carbono e proteger o futuro do planeta.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, destacou que a COP27 deve resultar em soluções climáticas que correspondam à escala do problema.

Vale lembrar que nas edições anteriores a ONU foi criticada por não discutir a importância de uma mudança nos sistemas alimentares, sendo acusada de hipocrisia por oferecer uma grande variedade de alimentos de origem animal aos participantes.

A expectativa é de que a COP27 seja marcada pela transição das “negociações” para o “planejamento e implementação” de todas as promessas que já foram feitas, mas que não estão sendo cumpridas.

Essas questões, segundo a ONU, incluem o financiamento de “perdas e danos” para que os países na linha de frente da crise possam lidar com as consequências das mudanças climáticas que vão além do que podem se adaptar e o cumprimento da promessa de US$ 100 bilhões todos os anos de financiamento de adaptação, de nações desenvolvidas, para países de baixa renda.

As negociações também incluirão discussões técnicas, por exemplo, para especificar a maneira pela qual as nações devem medir suas emissões de forma prática para que haja igualdade de condições para todos.

Todas essas discussões abrirão caminho para o primeiro Balanço Global na COP28, que em 2023 avaliará o progresso coletivo global na mitigação, adaptação e meios de implementação do Acordo de Paris.

As COPs tiveram início há 20 anos no Brasil, quando a ONU organizou a ECO-92 no Rio de Janeiro, marcando a adoção da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. Na ocasião, também foi criado o Secretariado de Mudanças Climáticas da ONU.

Objetivos – Entre os grandes objetivos da COP, de acordo com a ONU, está a mitigação das emissões de gases do efeito estufa, que geram as mudanças climáticas. A mitigação pode significar o uso de novas tecnologias e fontes de energia renováveis, tornando os equipamentos mais antigos mais eficientes em termos energéticos ou mudando as práticas de gestão ou o comportamento do consumidor.

Espera-se que os países mostrem como estão planejando implementar a chamada do pacto de Glasgow, definida na COP26, revisar seus planos climáticos e criar um programa de trabalho relacionado à mitigação.

Isso significa apresentar metas de emissões mais ambiciosas para 2030, já que a UNFCCC destaca que os planos atuais ainda não são suficientes para evitar um aquecimento catastrófico.

Adaptação – Além de fazer todo o possível para reduzir as emissões e diminuir o ritmo do aquecimento global, os países também devem se adaptar às consequências climáticas para que possam proteger seus cidadãos.

Os efeitos variam de acordo com a localização. Podem significar o risco de mais incêndios ou inundações, secas, dias mais quentes ou mais frios ou aumento do nível do mar.

 

David Arioch S.A. Barcelos

Jornalista (MTB: 10612/PR) e mestre em Estudos Culturais (UFMS).

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