De acordo com uma pesquisa encomendada pela League Against Cruel Sports e pela Animal Aid, 69% dos britânicos são contra a caça esportiva de aves, que em período de temporada culmina na morte diária de mais de 100 mil animais.
A prática, considerada cruel e desnecessária, estimula a criação anual de mais de 35 milhões de faisões e perdizes. Muitos desses animais são soltos na natureza para serem mortos por “esporte”. “Embora haja alegações de que as aves são comidas, um grande número delas é descartada ou incinerada, porque há pouca demanda por carne de caça”, informa Chris Lufingham, diretor de campanhas da League Against Cruel Sports.
Outro ponto crítico em relação à caça de aves é que as fêmeas usadas como reprodutoras são criadas em gaiolas. “Nossa investigação secreta revelou o sofrimento contínuo daquelas aves reprodutoras, que definham aos milhares em condições terríveis. A frustração que elas experimentam em cativeiro as levam a se atacarem e a voarem continuamente em direção ao teto da gaiola em uma tentativa improdutiva de fugir”, declara Isobel Hutchinson, diretora da Animal Aid, acrescentando que a pesquisa também revelou que 80% dos britânicos se opõem ao confinamento desses animais.
Depois de consultar a população, em atitude inédita na Grã-Bretanha, o governo do País de Gales anunciou que vai proibir a caça esportiva de aves até maio de 2019. Sobre o assunto, a ministra do meio ambiente, Hannah Blythyn, complementou que os alugueis de espaços públicos para a caça de aves não devem ser renovados, considerando a opinião pública e a preocupação com o bem-estar animal.
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