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Alemães criam filtro de ar biotecnológico a partir de musgos

As paredes vivas também têm um efeito refrescante nos arredores (Foto: Green City Solutions)

As paredes verdes musgosas da startup alemã Green City Solutions, construídas sobre bancos de madeira, são um filtro de ar biotecnológico inteligente – e um espaço de boas-vindas para se sentar depois de horas andando pelas ruas da cidade.

A parede é feita de uma variedade de tipos de musgo que naturalmente absorvem a poluição. O musgo é protegido por plantas que dão sombra, permitindo que ele prospere em um ambiente urbano hostil.

Os painéis solares alimentam a instalação, que também coleta a água da chuva e a redistribui por meio de um sistema de irrigação embutido. As paredes vivas também têm um efeito refrescante nos arredores.

“A capacidade de certas culturas de musgo de filtrar poluentes como material particulado e óxidos de nitrogênio do ar as torna purificadores de ar naturais ideais. Mas nas cidades, onde a purificação do ar é um grande desafio, os musgos mal conseguem sobreviver devido à necessidade de água e sombra”, informa a empresa.

E acrescenta: “Esse problema pode ser resolvido conectando-se diferentes musgos com fornecimento totalmente automatizado de água e nutrientes, baseado na tecnologia exclusiva da Internet das Coisas.”

Os criadores da parede dizem que podem absorver tanta poluição quanto centenas de árvores usando apenas uma fração do espaço da terra. No ano passado, a empresa imobiliária The Crown Estate instalou uma perto do movimentado Piccadilly Circus de Londres. O sistema também foi testado em Paris e Berlim.

“A qualidade do ar é a preocupação número um para nossos residentes e com mais de um milhão de pessoas entrando e viajando para nossos bairros todos os dias, é crucial que façamos mais esforços para limpar nosso ar e combater a má qualidade do ar para residentes e visitantes”, disse David Harvey da Câmara Municipal de Westminster, que apoiou a instalação de Londres.

David Arioch S.A. Barcelos

Jornalista (MTB: 10612/PR) e mestre em Estudos Culturais (UFMS).

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