Categorias: EsportesNotícias

Aos 100 anos, vegano não para de correr

Aos 100 anos, o vegano Mike Fremont continua correndo. Para a celebração do seu centésimo aniversário, ele correu em Vero Beach, na Flórida, com os pés na areia em um dia ensolarado e o mar bem próximo de seus olhos.

Depois reuniu-se com a família e amigos, e usando a sua roupa preferida há décadas – shorts e camiseta. Fremont, que é natural de Cincinnati, quebrou vários recordes em maratonas nos EUA até os 80 anos.

Engenheiro aposentado, ele abdicou do consumo de alimentos de origem animal há mais de 30 anos e acumula recordes de maiores distâncias percorridas por maratonistas na sua faixa etária.

Desde o início dos anos 1990, Mike Fremont segue uma dieta à base de vegetais rica em alimentos integrais. Se a princípio a motivação veio a partir de um câncer linfático, mais tarde suas razões foram ampliadas para “motivações éticas e ambientais”.

De acordo com o corredor vegano, não consumir alimentos de origem animal foi de suma importância para superar a doença. “Foi com a adoção dessa dieta que meus recordes mundiais surgiram, assim como meus recordes nos EUA”, explicou em entrevista ao Great Vegan Athletes (GVA).

Mike Fremont tem sido citado como exemplo por atletas veganos de grande visibilidade nos EUA, como Rich Roll e Harvey Lewis, de quem já foi parceiro em treinamentos e corridas.

A alimentação de Fremont inclui pães integrais, arroz, aveia, milho e batata-doce. Ele também consome tofu, cebola, couve, acelga, cenoura, feijões, aspargos, ervilhas, lentilhas, vagem, cogumelos, laranja, toranja, frutas vermelhas, melão e uva, além de leite de aveia, de cânhamo e de amêndoas.

Um de seus recordes mais recentes foi conquistado em uma meia maratona nos EUA em 2019, aos 97 anos. Sobre não parar com as corridas, ele afirma que acredita estar colaborando com um propósito social ao “correr em idade avançada”.

Também como parte da sua celebração de 100 anos, ele correu dez quilômetros com o maratonista Harvey Lewis.

David Arioch S.A. Barcelos

Jornalista (MTB: 10612/PR) e mestre em Estudos Culturais (UFMS).

Posts Recentes

O animal não cabe dentro do interesse humano

Ver o interesse dos animais não significa querer ou fazer com que esse interesse prevaleça,…

13 horas ago

Se quem mata animais profissionalmente é cruel, devemos nos perguntar, é cruel em nome de quem?

Há muito tempo quem mata animais no matadouro é associado à crueldade. Encontramos exemplos em…

2 dias ago

A morte é uma libertação para o animal explorado?

Esta semana, quando um boi teve morte súbita a caminho de um matadouro no Paraná,…

4 dias ago

No século 19, Comte observou que humanos estavam tratando outros animais como “laboratórios nutritivos”

Em “A lição de sabedoria das vacas loucas”, Lévi-Strauss cita como Auguste Comte, mais conhecido…

5 dias ago

Homem que trabalhou em matadouro reconhece crueldade do abate

Conheci a história de um homem que trabalhou em um matadouro abatendo cerca de 500…

6 dias ago

Um humano na pele de um porco

Um dia acordou porco. Arrastaram-no para fora de casa e o enviaram para uma fazenda.…

7 dias ago