Notícias

Deputado sugere convênio com abrigos que cuidam de animais

“Na maioria dos casos, isso ocorre apenas com apoio de voluntários e doações, sem apoio do poder público, algo que deve ser urgentemente alterado” (Acervo: ATPA Proteção Animal)

O deputado federal Célio Studart (PV-CE) enviou na semana passada uma sugestão ao Ministério do Meio Ambiente para a implementação de parcerias e convênios com abrigos que cuidam de animais.

Studart usa como referência dados do Instituto Pet Brasil que aponta que mais de 170 mil animais abandonados estão sob cuidados de organizações sociais e abrigos no Brasil.

“É necessária uma aproximação do poder público com essas entidades, tanto como uma forma de reconhecimento pelo trabalho louvável que desempenham, quanto para fornecer condições mínimas de atendimento e manutenção da saúde dos animais tutelados”, argumenta.

O deputado cita entre as despesas das instituições que cuidam de animais as consultas veterinárias, alimentação, medicamentos e castrações. “Na maioria dos casos, isso ocorre apenas com apoio de voluntários e doações, sem apoio do poder público, algo que deve ser urgentemente alterado”, defende.

E acrescenta: “Em contrapartida, as instituições beneficiadas pelo projeto devem, mensalmente, prestar contas ao poder público dos recursos e benefícios recebidos, sob pena de suspensão das vantagens, após a devida apuração de eventuais falhas e suas motivações.”

David Arioch S.A. Barcelos

Jornalista (MTB: 10612/PR) e mestre em Estudos Culturais (UFMS).

Visualizar comentários

  • É necessária uma política pública de manejo populacional ético, por meio da esterilização em larga escala, a ser implementada por todos os municípios. Não somente dos animais que vivem nas ruas, mas principalmente das fábricas de filhotes que estão nos quintais das casas de todos os municípios do Brasil. No âmbito legislativo, a proibição da criação e da venda, e a esterilização obrigatória. Enquanto se continuar a permitir a reprodução e venda de cãezinhos de raça, continuarão a existir vítimas da exploração, mães e filhos maltratados, abusados, assassinados... Existem milhares de ruas e abrigos cheios de animais abandonados, tentando conseguir um lar.
    Enquanto isso a criação e o comércio de animais segue sem nenhuma fiscalização pelos poderes constituídos. Há vendas pela internet, feiras, mercados livres e até mesmo mercados públicos...
    Uma política nacional dificilmente teria condições de enfrentar a questão, haja vista que são 5.200 municípios, com áreas urbanas e rurais lotadas de animais abandonados e residências com animais a procriarem.

Posts Recentes

O corpo bovino na água foi visto como carne perdida

O corpo bovino na água foi visto como carne perdida, não uma morte a ser…

2 dias ago

Quando uma criança viu o sofrimento de um peixe

Uma criança viu pela primeira vez um peixe sendo tirado da água. Lutava com o…

3 dias ago

O animal não cabe dentro do interesse humano

Ver o interesse dos animais não significa querer ou fazer com que esse interesse prevaleça,…

4 dias ago

Se quem mata animais profissionalmente é cruel, devemos nos perguntar, é cruel em nome de quem?

Há muito tempo quem mata animais no matadouro é associado à crueldade. Encontramos exemplos em…

5 dias ago

A morte é uma libertação para o animal explorado?

Esta semana, quando um boi teve morte súbita a caminho de um matadouro no Paraná,…

7 dias ago

No século 19, Comte observou que humanos estavam tratando outros animais como “laboratórios nutritivos”

Em “A lição de sabedoria das vacas loucas”, Lévi-Strauss cita como Auguste Comte, mais conhecido…

1 semana ago