O Departamento de Alfândegas e Impostos de Hong Kong realizou a segunda maior apreensão de escamas de pangolim da década. Fiscais encontraram sete toneladas de escamas de pangolins em um contêiner que chegou a Hong Kong partindo da África no mês passado. O destino era a província de Guangdong, na China continental. A mercadoria foi avaliada em um valor equivalente a quase 1,7 milhão de reais.
Segundo o South China Morning Post, junto com as escamas haviam materiais usados na medicina chinesa. Sob a Lei de Proteção de Espécies de Animais e Plantas Ameaçadas de Extinção, vigente em Hong Kong, a pena máxima para importar ou exportar uma espécie ameaçada sem licença é de dez anos de prisão e multa de 10 milhões de HK (dólares de Hong Kong) – o equivalente a 4,8 milhões de reais. Já a multa para cargas não declaradas incorre em pena máxima de sete anos de prisão e multa de dois milhões de HK – pouco mais de 958 mil reais.
O pangolim é muito visado comercialmente porque suas escamas, que contêm queratina, a mesma proteína encontrada no chifre dos rinocerontes e nas unhas humanas, são usadas na medicina tradicional asiática, mesmo sem comprovação científica de benefícios. Do ano 2000 até hoje, mais de um milhão de pangolins foram mortos por caçadores.
Atualmente, as quatro espécies de pangolins africanos se tornaram ainda mais visadas porque as quatro espécies de pangolins originários da Ásia foram dizimadas, de acordo com informações da Associated Press News.
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