De acordo com a organização internacional Sea Shepherd, de conservação da vida marinha, mais de 90% das populações de grandes tubarões foram exterminadas pela ação humana. Anualmente, 150 milhões de tubarões são mortos no mundo todo – tanto pela pesca de espinhel quanto pela prática do finning, que consiste em capturar esses animais e cortar suas barbatanas.
“Então o tubarão é jogado de volta ao mar e, sangrando e incapacitado de nadar, tem uma morte agonizante”, informa a Sea Shepherd. No Brasil, a situação é alarmante, considerando que 43% das espécies de tubarões estão ameaçadas de extinção. Há uma grande desproporcionalidade entre a matança de tubarões e a capacidade de reprodução desses animais. Por isso, muitos já desapareceram.
Os tubarões habitam a Terra há mais de 400 milhões de anos, e ainda assim sofrem em decorrência da má intervenção humana. “A luta pela vida desses animais representa dois importantes aspectos. Primeiro, pelo respeito de se preservar uma espécie tão importante ao planeta. Segundo, pelo desequilíbrio ambiental que compromete a própria sobrevivência da humanidade”, argumenta a Sea Shepherd.
Para não contribuir com a violência praticada contra os tubarões a recomendação é não comprar ou consumir produtos como bijuterias feitas com dentes de tubarão, artigos com peles de tubarão (como carteiras, bolsas, cintos e calçados), e suplementos ou supostos medicamentos e cosméticos baseados em cartilagem e óleo de fígado de tubarão.
Outro problema que agrava a situação dos tubarões é a equivocada crença popular de que são uma ameaça. As estatísticas mostram exatamente o oposto. Enquanto cerca de 12 pessoas são mortas por tubarões por ano, e normalmente por invadirem o habitat desses animais, os seres humanos matam 150 milhões de tubarões por ano.
Além disso, segundo informações do site do fotógrafo e engenheiro marítimo alemão Klaus Jost, de pouco mais de 460 espécies de tubarões existentes no mundo, apenas algumas são agressivas e atacam humanos.
