O que posso pensar sobre o animal que morre e tenta se levantar? O corpo curvado e as pernas paralelas à cabeça, formando um arco que é também um C, que vejo maiúsculo. Um C de consumo? Um C torto.
O consumo não é torto? Continuo observando o C denunciado por esse corpo, que é o próprio C, também de comer. A orelha ferida, uma cabeça que vejo pesada. Será anuviada? Para onde vai esse olhar não humano?
Dizem que morre logo. E já não morreu? Olho de novo para o C e vejo a ponta da boca chegar mais longe que a ponta das pernas, que vão ficando para trás em relação à boca. Como vencer? É sobre vencer?
Talvez diga com o corpo que é para a boca e, se não diz, como não concluir como verdade? Talvez sua boca seja sobre a boca dos outros. O corpo escorado, declinado, é sobre uma derrota? De quem?
O olhar vira um escorrer pelos olhos até desaparecer. O corpo perde força e o C se desmancha. Vão-se os olhos perdidos, que se apagam. No chão o corpo se contorce e forma um S. É de sofrimento? Vejo maiúsculo.
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