40 bilhões de frangos vivem em péssimas condições no mundo

“Esqueça os slogans, as musiquinhas dos comerciais e a publicidade cativante” (Foto: Proteção Animal Mundial)

De acordo com um levantamento da organização Proteção Animal Mundial, no mínimo 40 bilhões de frangos criados para consumo no mundo vivem em péssimas condições – amontoados em galpões superlotados e sem luz natural.

“Mas as redes de fast-food e os supermercados preferem que você não saiba disso. Esqueça os slogans, as musiquinhas dos comerciais e a publicidade cativante. As empresas estão explorando os animais em uma escala inacreditável em nome do lucro”, lamenta a entidade.

O espaço destinado, por exemplo, a frangos que dividem o mesmo galpão com mais de 40 mil frangos, o que é muito comum, é menor do que uma folha de papel A4. “Eles passarão a maior parte de suas vidas sem poder expressar seus comportamentos naturais.”

O que também não ajuda, segundo a organização, é que as granjas estão se tornando mais industrializadas e intensivas em consequência da crescente demanda global por carne de frango, que é mais barata do que a suína e bovina.

Crescer até três vezes mais rápido

“Essas aves são selecionadas para crescer até três vezes mais rápido que as linhagens tradicionais em um curto espaço de tempo. Devido ao seu tamanho e à velocidade de crescimento, elas enfrentam um sofrimento terrível.”

Entre os exemplos estão dolorosos problemas de locomoção, corações e pulmões sobrecarregados e feridas – incluindo lesões de pele e nos pés.

“No final das curtas vidas dos frangos, as granjas estão tão superlotadas que cada animal passa a viver em um espaço menor que uma folha de papel. A maioria dos galpões de criação intensiva de frangos não tem nada além de fileiras de ração e bebedouros.”

Além disso, como expressar comportamentos naturais como se empoleirar, ciscar, explorar o ambiente ou tomar banho de areia vivendo nessas condições? A Proteção Animal Mundial frisa que é impossível.

“Essas atividades normalmente os manteriam ativos e saudáveis. Sem elas, as aves podem sofrer tanto física, quanto psicologicamente.”

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *