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Karl Lagerfeld: “Enquanto as pessoas comerem carne e usarem couro, não entenderei a mensagem”

Lagerfeld entrou muitas vezes em conflito com ativistas dos direitos animais (Acervo: Chanel)

Falecido hoje, aos 85 anos, o controverso designer de moda alemão Karl Lagerfeld, que fez história na grife francesa Chanel, entrou muitas vezes em conflito com ativistas dos direitos animais pela defesa do uso de peles de animais. Ainda assim, no ano passado, pouco mais de dois meses antes de sua morte, a Chanel anunciou que não usaria mais peles de animais selvagens.

Embora a grife tenha revelado no início de dezembro que a decisão foi puramente técnica, nos últimos anos a Chanel, assim como outras grifes, foram pressionadas a abandonarem o uso de peles; e até mesmo Lagerfeld, o resistente diretor criativo da grife, acabou cedendo.

Em 2015, em entrevista ao The New York Times, ele foi questionado sobre o motivo pelo qual defendia o uso de peles. “O problema com as peles pra mim é que enquanto as pessoas comerem carne e usarem couro, não entenderei a mensagem”, respondeu.

Antagonizando a organização Pessoas Pelo Tratamento Ético dos Animais por anos, hoje a própria PETA enviou por meio do Twitter uma mensagem de pesar ao saber da morte de Karl Lagerfeld, que esteve internado no American Hospital of Paris: “A PETA envia condolências aos entes queridos do nosso antigo inimigo.” A causa da morte não foi divulgada.

Jornalista (MTB: 10612/PR) e mestre em Estudos Culturais (UFMS).

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