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Aprovação de PL contra corrida de cães no RS pode favorecer proibição nacional

Dos cães, galgos são as maiores vítimas das corridas no Brasil (Foto: Getty)

Ontem (6), um projeto de lei que proíbe corridas de galgos e de cães de outras raças, assim como de qualquer competição utilizando esses animais, e por reconhecê-las como práticas de maus-tratos, foi aprovado pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.

A proposta do Executivo veio logo após a edição de um decreto em fevereiro em que o governo estabeleceu a proibição da corrida de galgos. A aprovação é positiva não apenas para o Rio Grande do Sul, já que o reconhecimento das corridas de cães como prática que gera maus-tratos fortalece a necessidade de uma proibição nacional.

Afinal, serve como referência para o fim da exploração desses animais como entretenimento em qualquer lugar do país. Isso ajuda a atrair atenção para as propostas na Câmara que defendem a proibição das corridas de cães em todo o Brasil. Um exemplo é o PL 1441/2019, de Ricardo Izar (PP-SP), que completou dois anos em março.

Congresso deve seguir o exemplo do Rio Grande do Sul 

No projeto de lei, o deputado federal cita como razões para o fim das corridas de cães os abusos físicos e psíquicos impostos a esses animais, e que vão contra o artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (9605/1995).

Hoje o exemplo do Rio Grande do Sul ajuda a endossar o reconhecimento dessas corridas como práticas reprováveis. Ou seja, se lá não é permitido utilizar animais com essa finalidade, por que em qualquer outra parte do Brasil deveria ser? Considerando que o Rio Grande do Sul é um estado brasileiro onde tal prática era recorrente e agora a expectativa é de que não seja.

“Um esporte deve ser entendido como uma atividade em que existe envolvimento voluntário de seus participantes, algo que não ocorre quando há submissão compulsória de animais não humanos”, argumenta Izar no PL 1441/2019.

O movimento Galgo Livre Brasil, que surgiu no Rio Grande do Sul, pede apoio há anos contra a corrida de galgos em todo o país, denunciando que, no mínimo, os animais costumam desenvolver problemas musculares, ósseos e articulares em decorrência do treinamento exaustivo e das corridas.

Clique aqui para opinar sobre o Projeto de Lei 1441/2019.

Jornalista (MTB: 10612/PR) e mestre em Estudos Culturais (UFMS).

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