Bryan Adams: “Se você ama os animais, não os coma”

Bryan Adams: “Não os como e não me visto com eles” (Foto: Getty)

O cantor e compositor canadense Bryan Adams, que emplacou sucessos internacionais como “Everything I Do”, “Summer of 69″, Heaven” e “Please Forgive Me”, abandonou o consumo de carne em 1988, depois de comer um grande bife e sentir-se muito mal. “Aquele foi o fim para mim. Nunca mais”, contou em entrevista à June Bird, da organização Animal Liberation Front (ALF).

A partir daquele dia, Adams afastou-se cada vez mais dos velhos hábitos alimentares. “Se você ama os animais, não os coma. Me oponho ao uso de peles e a qualquer outro tipo de produto que use animais. Não os como e não me visto com eles”, declarou em depoimento à organização Pessoas Pelo Tratamento Ético dos Animais (PETA). 

Adams, que também é produtor e fotógrafo, tornou-se um ativista pelos direitos animais quando abdicou do consumo de carne. A primeira grande campanha de sucesso que contou com a sua participação foi a construção de um santuário de baleias na Antártica na década de 1990.

“Distribuímos 500 mil cartões postais pedindo que as pessoas escrevessem a favor do santuário e encaminhassem cada cartão para diferentes líderes governamentais para votarem a nosso favor. E isso funcionou”, contou à ALF.

Motivação para ser vegano

A aproximação de Bryan Adams com ações em defesa dos animais sempre proporcionou lembranças de seus companheiros caninos na juventude.

“Eles se tornaram parte da família. Ajudaram a moldar a minha compaixão. Também amo cavalos, então não é difícil apreciar a beleza e inteligência das outras criaturas. Eu nunca tinha analisado a crueldade animal na totalidade quando eu era jovem. Mas a partir do momento que comecei a entender o que ocorre na nossa relação com os animais, fui para um caminho fez com que eu me tornasse vegano”, informou.

O músico perdeu as contas de quantas pessoas influenciou a tornarem-se vegetarianas e veganas ao longo dos anos. “Consegui com muita calma convencer a minha mãe, meu irmão e minha banda. Todos eles se tornaram vegetarianos. Veganos têm muitas opções, que incluem massas, sopas, assados, pizzas, saladas e batatas. São infinitas as possibilidades”, enfatizou.

Outro ponto positivo é que Bryan Adams conseguiu se livrar de muitas alergias que o acompanharam por muitos anos – como a eczema. Dentro de duas semanas consumindo frutas pela manhã, e nada mais, elas desapareceram. “Achei que essas alergias me acompanhariam por toda a minha vida. Isso nunca mais retornou. Outra coisa brilhante é que por causa desse estilo de vida nunca mais tive problema de peso, e definitivamente tenho mais energia do que a maioria das pessoas que conheço”, assegurou à June Bird.

Circos e fazendas industriais

O músico também tem ojeriza por circos que usam animais e odeia fazendas industriais – o fato de que bovinos, suínos e aves são confinados para sanarem um prazer efêmero humano, que é o consumo de carne. “As pessoas contraem tantas doenças comendo carne, principalmente câncer no intestino. Na Grã-Bretanha eles alimentavam os animais com excrementos, e foi assim que a doença da vaca louca começou”, lamentou à Animal Liberation Front.

Segundo Bryan Adams, é muito fácil para as pessoas irem ao mercado, comprarem um hambúrguer e apenas virarem as costas para a realidade em torno daquele pedaço de carne. “Um dia, aquilo fez parte de uma vaca viva. As pessoas não assimilam as duas coisas. Não compactuo com o assassinato de qualquer criatura, sejam focas, vacas, cães, qualquer animal. Sou totalmente contra”, garantiu.

Adams também recordou-se que no passado as pessoas duvidaram que ele conseguiria ser vegano por muito tempo. E muitas dessas pessoas tornaram-se vegetarianas e veganas mais tarde. “Preciso de uma boa recomendação de restaurante vegano ou vegetariano. Sem molho de ostra para mim. Obrigado!”, disse à revista Time Out, de Hong Kong, quando estava em turnê em dezembro de 2016.

Saiba Mais

Bryan Adams nasceu em Kingston, Ontário, no Canadá, em 5 de novembro de 1959.

Lançou 14 álbuns entre os anos de 1980 e 2015. O disco “Reckless”, lançado em 1984, e que ficou em primeiro lugar na Billboard, é considerado um dos seus melhores trabalhos.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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