Crescente valorização comercial do chifre de rinoceronte aproxima animais da extinção

O rinoceronte é um dos animais mais visados por caçadores e traficantes de animais no continente africano (Foto: Rhinos Org)

Atualmente, cada chifre de rinoceronte no mercado asiático vale de 100 a 300 mil dólares, segundo informações da organização Activists for Animals Africa (AAA). Essa valorização comercial é vista com preocupação porque aproxima algumas espécies da extinção. O último rinoceronte-negro do oeste, por exemplo, foi extinto em 2011, assim como uma subespécie do rinoceronte javanês no Vietnã.

Independente de espécie, o rinoceronte é um dos animais mais visados por caçadores e traficantes no continente africano. A motivação é sempre a mesma. Há muito tempo, o chifre de rinoceronte é valorizado comercialmente e usado como ingrediente na medicina tradicional asiática.

“Eles alegam que o chifre de rinoceronte possui propriedades de cura de câncer, assim como capacidade de curar a impotência. Mas não há qualquer evidência médica que apoie essa afirmação”, garante a Activists for Animals Africa.

Segundo a organização World Wide Fund for Nature (WWF), embora os rinocerontes-brancos do sul da África estejam protegidos em santuários, restam apenas três remanescentes dos rinocerontes-brancos do norte, e esses são mantidos sob guarda no Ol Pejeta Conservancy, em Nanyuki, no Quênia.

Hoje em dia, a violência contra os rinocerontes não acontece mais “à moda antiga”. Redes de crime organizado envolvidas na matança de rinocerontes contam com helicópteros, equipamentos de visão noturna, tranquilizantes veterinários e silenciadores.

Os crimes ocorrem principalmente à noite quando a patrulha policial é menor. “Isso não é uma típica caça ilegal. Há sindicatos criminosos coordenando [caçadas] na África do Sul. São altamente organizados, coordenados e usam tecnologias avançadas”, revela a FAA, sediada em Joanesburgo, na África do Sul.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *