A Guarda Civil espanhola confirmou ontem que prendeu três homens em uma operação contra uma das maiores organizações de tráfico de tartarugas ameaçadas de extinção. Além das prisões de dois alemães e um espanhol, os agentes conseguiram recuperar 1,1 mil tartarugas de 62 espécies diferentes. Desse total, 14 espécies estão em grave risco de extinção.
Entre as espécies, estavam tartarugas endêmicas do México, Estados Unidos e Canadá. Inclusive são animais teoricamente protegidos pela legislação desses países. Também foram encontrados mais de 750 ovos. Os criminosos fazem parte de uma organização que comanda o maior centro ilegal de criação de tartarugas da Europa, localizado na ilha de Maiorca.
A operação “Coahuila” teve início em fevereiro do ano passado, quando a Guarda Civil descobriu carregamentos de tartarugas da espécie coahuila (tartaruga-de-caixa) no aeroporto de Palma de Maiorca-Son Sant Joan. A descoberta os levou a um centro de reprodução em uma fazenda nas imediações de Llucmajor, nas Ilhas Baleares, onde tartarugas terrestres e aquáticas estavam sendo criadas em “escala industrial”.
Agora os três detidos vão enfrentar acusações de contrabando de espécies protegidas, crimes contra a flora e a fauna e lavagem de dinheiro. Segundo a Guarda Civil, o tráfico ilegal de animais é uma das principais ameaças à conservação da biodiversidade.