Lewis Hamilton pede que seguidores deixem de comer carne

“Por favor, pare de comer carne, temos que acabar com essa terrível atrocidade”, pediu (Fotos: Getty/Animal Equality)

Esta semana o piloto Lewis Hamilton compartilhou no Instagram Stories um artigo sobre a realidade dos matadouros relatada por quem trabalhou em um.

Ele destacou que 100 milhões de animais são mortos por mês no Reino Unido e pediu para seus seguidores pensarem a respeito. “Por favor, pare de comer carne, temos que acabar com essa terrível atrocidade”, publicou.

Vale destacar que o Brasil supera de longe o Reino Unido em matança de animais para consumo.

Publicado pela BBC em 2020, o artigo divulgado por Hamilton é sobre uma mulher que trabalhou por seis anos em um matadouro como gerente do controle de qualidade.

Ela conta que a experiência até hoje impacta em sua saúde mental e que um de seus colegas que atuava diretamente no abate de bovinos, ou seja, como magarefe, chegou a cometer suicídio.

“Uma coisa ainda estava lá – os olhos deles”

A mulher confidenciou que sonhava em se tornar médica veterinária ainda criança, mas que trabalhar para um frigorífico fez com que a sua função perdesse o sentido, a deixando deprimida e estimulando pesadelos e pensamentos suicidas.

“Uma habilidade que você domina enquanto trabalha em um matadouro é a dissociação. Você aprende a ficar anestesiado diante da morte e do sofrimento. Em vez de pensar nos bovinos como seres inteiros, você os separa em partes do corpo comestíveis e vendáveis. Isso não apenas facilita o trabalho – é necessário para a sobrevivência”, destaca.

Há fatos, porém, que têm o poder de acabar com essa dissociação. “Para mim, foram as cabeças. No final da linha de abate, havia um espaço preenchido com centenas de cabeças de bois. Cada um deles foi esfolado, com toda a carne vendável removida. Mas uma coisa ainda estava lá – os olhos deles.”

Hamilton compartilhou artigo da BBC no Instagram Stories
Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *