MFA mostra o que está por trás das queimadas na Amazônia

Lucas Alvarenga: “A cada refeição podemos escolher proteger a Floresta Amazônica e o meio ambiente” (Foto: Marcello Fim/Mercy for Animals)

Ontem (22), a ONG de defesa animal Mercy For Animals se manifestou em São Paulo, marcando o lançamento de sua nova campanha ‘Ninguém vê Por Trás do Fogo‘. A iniciativa destaca o que está por trás das queimadas: a agropecuária, responsável por 80% do desmatamento na Amazônia, de acordo com relatório publicado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
ligado à pecuária.

Na Avenida Paulista, em São Paulo (SP), na esquina com a Rua Padre João Manuel, foi instalada uma grande maquete da Floresta Amazônica, evidenciando uma área desmatada. Sob a instalação, um ativista simulava assar “carne” em uma grelha, rodeado por outros que vestiam máscaras de gás e roupas pretas.

A manifestação levou os passantes a refletirem sobre a conexão entre o consumo de carne e a destruição da maior floresta tropical do mundo. Nas redes sociais, Gabriela Pugliesi, Ellen Jabour e outras celebridades e influenciadores apoiaram a manifestação.

Dentre as cidades da Amazônia nas quais foram registrados mais focos de incêndio nos últimos meses, três estão em primeiro lugar no ranking da pecuária de seus estados, sendo uma delas onde se encontra o maior rebanho de bovinos do Brasil.

“A conexão é simples: por trás do fogo está o desmatamento, por trás do desmatamento está a carne e por trás da carne estão as nossas escolhas. A cada refeição podemos escolher proteger a Floresta Amazônica e o meio ambiente”, explica Lucas Alvarenga, vice-presidente internacional da Mercy For Animals.

Segundo a MFA, vale lembrar também que parte das áreas desmatadas, especialmente no Mato Grosso, é também ocupada pelas plantações de soja e milho, que são principalmente destinados à produção de ração para animais em fazendas.

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), atualmente a
Floresta Amazônica Brasileira está sendo desmatada a uma taxa de mais de 7 mil km2
a cada ano , o equivalente a 1 campo de futebol por minuto.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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