Milhares de animais morrem em enchentes no Canadá

Foto: Jesse Winter/Reuters

De acordo com o jornal britânico The Guardian, milhares de animais morreram e muitos continuam presos em consequência das enchentes que atingiram o oeste da Colúmbia Britânica no Canadá, uma área de grande produção agropecuária, que concentra mais de 1,2 mil fazendas.

Em dois dias choveu o equivalente a um mês, causando inundações e deslizamentos de terra. Imagens aéreas mostraram vários celeiros engolfados pelas águas das enchentes. Uma ordem de evacuação foi emitida na terça-feira (16) para 121 propriedades de gado leiteiro e aves.

O prefeito de Abbotsford, Henry Braun, disse “que é difícil para qualquer um abandonar o próprio rebanho, mas que a vida das pessoas é mais importante do que a do gado ou das galinhas.”

A ministra da agricultura da Colúmbia Britânica, Lana Popham, disse esta semana que as enchentes atingiram centenas de fazendas, desencadeando uma crise de bem-estar animal. “Algumas ainda estão debaixo d’água e algumas em locais secos, e temos milhares de animais que morreram e muitos que estão em situações difíceis.”

Foto: Jesse Winter/Reuters

“É de partir o coração”

Segundo a ministra, as autoridades estão tentando abrir rotas alternativas ​​para levar veterinários até os animais. “Deve haver eutanásia, mas também há animais que sobreviveram e que terão uma grande necessidade de alimentos.” Ela disse que é “de partir o coração” ver tantos animais mortos em consequência das enchentes.

De Abbotsford, o prefeito Henry Braun declarou, segundo o The Guardian, que é muito cedo para dizer quantos animais morreram. Mas um passeio de helicóptero revelou uma imagem terrível do impacto da tempestade. “Eu vi celeiros que pareciam estar cheios de água. Não consigo imaginar que ainda hajam aves vivas, mas não temos esses números.”

O presidente da BC Dairy Association, Holger Schwichtenberg, informou que eles ainda não sabem quantas vacas foram deixadas para trás. O jornal britânico lembra que há menos de seis meses a Colúmbia Britânica foi atingida por temperaturas recordes que mataram mais de 500 pessoas e provocaram incêndios florestais que destruíram uma cidade inteira.

“Passamos por um domo de calor e seca durante todo o verão e agora temos um completo reverso”, comentou Schwichtenberg.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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