Morte precoce também é o destino dos animais “bem tratados”

Se exploro um animal e sou eu que digo se ele é bem tratado ou não, quem define o que é aceitável ou bom para ele sou eu (Acervo: Compassion in World Farming)

Não é incomum alguém que considera o veganismo “um exagero” citar o exemplo de uma bela fazenda modelo, onde os animais criados para consumo ou explorados como fonte de alimentos são supostamente bem tratados. Sei que esses chamados locais existem. Mas essa concepção de “bem tratado” é definida por quem?

Se exploro um animal e sou eu que digo se ele é bem tratado ou não, quem está definindo o que é aceitável ou bom para ele sou eu; e levando em conta em primeiro lugar o que esse animal tem a me oferecer. Não se pode ignorar que a morte precoce também é o destino dos animais “bem tratados”.

Afinal, “eles são criados para o matadouro”. É justificável subtrair uma vida apenas porque queremos? Humanos que exploram outros animais têm sempre uma perspectiva um tanto quanto capciosa do que seja um animal bem tratado, e trabalham exaustivamente sob esse tipo de propaganda porque entendem que qualquer oposição ao que fazem pode representar em algum nível um risco aos seus lucros.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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