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Pesquisa afirma que suplementação de ômega 3 não oferece benefícios significativos à saúde

“O relatório fornece boas evidências de que tomar suplementos de ômega 3 de cadeia longa (óleo de peixe, EPA ou DHA) não beneficia a saúde do coração”

Esta semana, a Science Daily publicou um artigo intitulado “Omega 3 supplements have little or no heart or vascular health benefit”. O artigo, baseado em uma pesquisa que combina resultados de 79 ensaios envolvendo 112.059 pessoas, afirma que a suplementação de ômega 3 está bem longe da realidade de quem considera esse consumo essencial para a saúde.

“O relatório fornece boas evidências de que tomar suplementos de ômega 3 de cadeia longa (óleo de peixe, EPA ou DHA) não beneficia a saúde do coração ou reduz riscos de acidente vascular cerebral ou morte por qualquer causa. Os estudos mais confiáveis ​​mostraram consistentemente pouco ou nenhum efeito”, informa o artigo.

O estudo sobre os efeitos do ômega 3 contou com a participação de homens e mulheres da América do Norte, Europa, Austrália e Ásia. Os pesquisadores da organização Colaboração Cochrane pediram que os participantes aumentassem a ingestão de ômega 3 ou mantivessem a ingestão habitual dessa gordura por pelo menos um ano.

A conclusão dos pesquisadores foi a de que aumentar o consumo de ômega 3 de cadeia longa forneceu pouco ou nenhum benefício na maioria dos resultados observados. Eles enfatizam que encontraram evidências de alta segurança de que as gorduras ômega 3 de cadeia longa têm pouco ou nenhum efeito significativo sobre o risco de morte por eventos cardiovasculares, coronários, acidente vascular cerebral ou irregularidades cardíacas.

“Podemos confiar nas descobertas desta revisão que vai contra a crença popular de que os suplementos de ômega 3 de cadeia longa protegem o coração. Essa grande revisão sistemática inclui informações de muitos milhares de pessoas no decorrer de longos períodos. Mesmo considerando todas as informações, não vimos efeitos de proteção”, afirma o cientista Lee Hooper, da Universidade de East Anglia, no Reino Unido, que coordenou a pesquisa.

Apesar de tudo, os pesquisadores identificaram que o ácido alfa-linolênico (ALA), encontrado em óleos vegetais e oleaginosas pode contribuir contra doenças do coração e circulação, embora o efeito também seja pequeno. “143 pessoas precisariam aumentar sua ingestão de ALA para evitar que uma pessoa desenvolvesse arritmia. Mil pessoas precisariam aumentar sua ingestão de ALA para evitar que uma pessoa morra de doença coronariana ou tenha um evento cardiovascular. ALA é um ácido graxo essencial, importante parte de uma dieta balanceada, e o aumento da ingestão pode ser um pouco benéfico para a prevenção ou tratamento de doenças cardiovasculares”, destaca o estudo.

Jornalista (MTB: 10612/PR) e mestre em Estudos Culturais (UFMS).

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