A tradição de comer bebês de outra espécie na Páscoa

“Muitas vezes, ficamos no portão ouvindo os nossos cabritos chorando enquanto eles eram levados embora” (Foto: Vermont Public Radio)

Antes de se tornar vegana e fundar com o marido o santuário de animais Maple Farm, na pequena Mendon, em Massachusetts, nos Estados Unidos, Cheri Ezell-Vandersluis atuou no ramo de leite de cabras. Dessa experiência, até hoje ela preserva tristes lembranças:

“Aumentamos o rebanho de cabras e começamos a vender leite de cabra. O infeliz subproduto disso é: ‘O que fazer com todas as crianças?’ Em determinadas comunidades étnicas é uma tradição ter carne de cabras ainda bebês [cabritos] durante o feriado de Páscoa.”

Segundo Cheri, pessoas de descendência portuguesa e grega que conheciam a fazenda dela e do marido os procuravam no período que antecede a Páscoa.

“Nós pesávamos os pequenos de 11 a 15 quilos e os clientes pagavam. Então eles eram recolhidos e jogados na parte de trás do porta-malas ou na carroceria de uma caminhonete como se fossem pedaços de bagagem. Esses bebês olhavam nos meus olhos com confiança, admiração e medo.”

Ela admite que eles sabiam qual era o destino daqueles jovens animais. “Trabalhando com laticínios a vida toda, Jim tentava endurecer as minhas emoções. […] Muitas vezes, ficamos no portão ouvindo os nossos cabritos chorando enquanto eles eram levados embora. Foi em um daqueles momentos terríveis que Jim e eu nos olhamos de esguelha e decidimos começar a nossa jornada a favor da vida.”

Conheça a história completa de Cheri Ezell-Vandersluis – clique aqui. 

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

2 respostas

  1. Apesar de haver um desacordo com relações a outras questões, sempre admirei o trabalho de David, e coisas como essa postagem demonstram a sensibilidade e o trabalho desse irmão, desejo que cada dia mais tenha força e sabedoria para continuar esse seu trabalho maravilhoso que é levar consciência a todos. Paz e bem a toda humanidade…

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