O artista e ilustrador colombiano Praxis Vgz deixou Bogotá em 2014 e mudou-se para Nova York com o objetivo de atrair mais atenção para o seu trabalho de levar conscientização sobre a crueldade animal para o mundo.
“Tendo como foco os direitos animais e a música, desenvolvo conteúdo visual para informar e envolver diferentes tipos de públicos, para conscientizar sobre as múltiplas questões em torno dos direitos animais”, explica.
Ele conta que gosta de produzir em qualquer lugar e em qualquer superfície, mas tem preferência por lugares onde pode atrair a atenção de mais pessoas para o seu trabalho que combina direitos animais com cultura punk rock, cultura pop e arte de rua.
Nas produções de Praxis Vgz levada para as ruas há inúmeras críticas ao especismo – o que envolve o uso de animais para entretenimento, fabricação de roupas e acessórios, testes e consumo de animais e de produtos derivados, entre outros tipos de exploração animal.
Ele também ratifica uma mensagem de libertação animal quando referencia ações de resgate de animais subjugados para diversos fins.
Importante parte do trabalho de Praxis ocorre na rua, onde ele busca também uma aproximação com quem não costuma dar atenção à arte, que é uma de suas prioridades. Por isso, ele não se sente tão à vontade em galerias.
“É um projeto que visa o uso da arte e do espaço público para envolver o cidadão comum, as novas gerações, bem como convidá-los a usarem a arte e a criatividade para combater a violência contra os animais e motivar campanhas em defesa dos animais.”
Suas ações têm dado certo, já que Praxis tem colaborado com diferentes organizações que atuam em defesa dos direitos animais, incluindo a Pessoas Pelo Tratamento Ético dos Animais (PETA), além de empresas que produzem produtos veganos.
O artista, que manifesta uma estética influenciada pelas culturas sul-americana e africana, também tem uma preocupação especial com relação aos direitos humanos. Além disso, sua prioridade é transmitir uma mensagem direta e inconfundível.
Praxis Vgz é o curador da exposição pública ‘Animal Liberation’, que começa no dia 29 de agosto e exibirá ao longo de um mês produções de Camila Rosa, Kate Louise Powell e Phillip McCulloch-Downs, sobre quem já publicados um artigo na Vegazeta, em painéis da cidade de Nova York.
No material de divulgação é destacado que a exposição ‘Animal Liberation’ é para aqueles que acreditam que a liberdade é um direito que todos nós temos independente da espécie.
“Queremos celebrar a liberdade e a luta por trás dela! Bilhões de animais são mortos todos os anos por moda, experimentos, alimentação, entretenimentos cruéis – para um número incontável de produtos que são feitos e vendidos todos os dias no mundo. Os animais merecem viver livres assim como nós, e podemos fazer com que suas vozes sejam ouvidas e soem mais altas.”
Vale destacar que a artista e ilustradora Camila Rosa é brasileira e vegana desde 2005. Começou a trabalhar como artista em 2010 com um coletivo feminino de street art e desde então tem realizado trabalhos nacionais e internacionais em publicidade, editorial, exposições de arte, moda, beleza e design gráfico.
“Seu trabalho aborda questões sociais e assuntos com os quais ela se preocupa a partir de uma perspectiva alternativa.”
Já Kate Louise Powell é uma artista freelance e ativista dos direitos animais que vive em Glasgow, na Escócia. Ela é vegana desde 2015 e começou a produzir arte voltada aos direitos animais em 2016, quando concluiu a graduação em ilustração pela Universidade de Edimburgo.
“Ela cria ilustrações com meios tradicionais – lápis de cor, lápis HB, caneta pincel e ocasionalmente tinta. Seu trabalho pelos direitos animais tende a celebrar animais não humanos em toda a sua glória ou chamar a atenção para sua situação de uma maneira que não seja excessivamente gráfica, permanecendo no campo da provocação sem recorrer a táticas de choque.”
