Um novo vídeo disponibilizado hoje (13) pela organização Animal Recovery Mission (ARM) revela que apenas em uma fazenda dos EUA que pertence à marca Strauss Veal Feeds, que também produz substitutos de leite para vitelos, cerca de 10 a 20 bezerros morrem por dia em decorrência de disenteria, infecções e vírus estomacais.
As imagens também mostram que é prática comum manter os bezerros no escuro por até 18 horas por dia e com pouca ou nenhuma ventilação, mesmo diante de muito calor. Os animais são confinados em espaços bem estreitos, que impedem movimentos naturais.
O vídeo mostra que há apenas uma pequena abertura para que possam mover a cabeça para fora da área de confinamento – em direção a um substituto artificial de leite que tem a finalidade de deixar a carne dos vitelos mais macia.
Ainda assim, animais foram encontrados passando fome. Estes são aqueles que já estão doentes. Segundo o fundador da ARM, Richard Kudo Couto, quando adoecem, não são mais alimentados e são deixados para morrer “porque as despesas para o restabelecimento da saúde dos animais não valem o custo-benefício”, na perspectiva desse mercado.
De acordo com Couto, é surpreendente que exista uma indústria que recebe filhotes bovinos, considerados um subproduto da indústria leiteira, para serem criados por curto período de tempo até serem abatidos ainda bebês e consumidos como qualquer outro tipo de carne.
A organização denuncia ainda que a maior parte dos bezerros que chega à Strauss Veal Feeds para serem abatidos são supostamente vendidos pela fazenda Fair Oaks e pela Fairlife, marca que pertence à Coca-Cola. “Se você consome leite, você financia essa indústria”, enfatiza Richard Couto, considerando que mesmo em países onde não se tem a cultura do consumo de carne de vitela, como o Brasil, bezerros também são mortos precocemente, já que não interessam à indústria leiteira.
