Há muito tempo, quando li o livro “O Ouro dos Tigres”, que integra a coleção “Obras Completas – Volume II – 1952-1972”, do escritor argentino Jorge Luis Borges, um de seus poemas, intitulado “A um gato”, chamou-me a atenção. Pesquisando, descobri que Borges, combalido pela cegueira, o ditou e o publicou em 1972 em homenagem ao gato mansarrão Beppo, seu companheiro de todas as horas, tanto nos momentos de produção quanto de reflexão:
A um gato
Os espelhos não são mais silenciosos
Nem mais furtiva a alba aventureira;
Tu és, sob o luar, essa pantera
Que só vemos de longe, receosos.
Por obra indecifrável de um decreto
De Deus, te procuramos futilmente;
Mais remoto que o Ganges e o poente,
É teu o isolamento mais secreto.
O teu dorso condescende com a morosa
Carícia desta mão. Admitiste,
Desde essa eternidade que é o triste
Esquecimento, o amor da mão medrosa.
Existes noutro tempo. E és o dono
De um domínio fechado como um sono.
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Amei "A um gato".