Um dos segmentos mais promissores do mercado de alternativas à carne é o de imitações de carne de porco. A previsão é de que as vendas do setor que oferece substitutos para a carne do animal mamífero mais abatido no mundo todo cresça mais de 880% de 2020 a 2030.
Ou seja, subindo de R$ 6,5 bilhões para mais de R$ 57,5 bilhões em dez anos, segundo relatório da empresa de pesquisa global de mercado Future Market Insights (FMI).
O motivo é que a carne suína ainda é mais consumida do que a carne bovina, até pelos custos e costumes (que é o caso do continente asiático, onde o consumo de carne bovina é baixo), o que tem despertado interesse de empresas que já investem no mercado de carnes vegetais em oferecer alimentos que imitam a textura e o sabor da carne de porco.
Na esteira das tendências, incluindo preocupação dos consumidores com a cadeia da produção de carne suína, envolvendo bem-estar animal e fatores associados à saúde e surgimento de doenças zoonóticas, o relatório da FMI “Mercado de Carne Suína à Base de Vegetais” destaca que há um grande espaço de oferta e consumo de alternativas não animais.
Lançamentos no Brasil, EUA e Ásia
No Brasil, a Fazenda Futuro oferece uma linguiça vegetal que imita a carne de pernil de porco. Nos EUA, a Beyond Meat e a Impossible Foods também já lançaram produtos dessa categoria, e mirando a China, que tem uma população de 1,4 bilhão e lidera o consumo de carne suína no mundo.
Os asiáticos também têm criado suas próprias versões. A startup Right Treat, fundada pelo sul-coreano David Yeung, lançou o Omnipork, alternativa à base de ervilhas, cogumelos e arroz.
O produto foi desenvolvido logo após os surtos de febre suína que atingiram a Ásia, e considerando que vários países asiáticos, incluindo a China, têm o consumo de carne baseado principalmente no abate de suínos – que representa 60% desse mercado – viu uma oportunidade de estimular uma transição para um alimento à base de vegetais.