Stella McCartney diz que uso de pele animal é cruel e imoral

“Nunca usamos couro, plumas, penas ou peles em nossas coleções e não acreditamos que os animais devam morrer por causa da moda” (Fotos: Andrew Skowron/Mary McCartney)

A estilista Stella McCartney, responsável pela concepção e criação de inúmeros produtos e coleções que se voltam para uma preocupação com a sustentabilidade e a compaixão na indústria da moda, declarou em novembro, por meio de um texto divulgado pela organização Humane Society International (HSI), que o uso de pele animal é cruel, bárbaro e imoral.

Segundo Stella, são louváveis as campanhas que visam o fim do comércio de peles, o que pode evitar a morte de milhões de animais inocentes.

“Nunca usamos couro, plumas, penas ou peles em nossas coleções e não acreditamos que os animais devam morrer por causa da moda. É incrível ver que nos últimos anos inúmeras marcas, designers, grandes lojas de departamentos e até mesmo estados e países despertaram para a inequívoca crueldade da indústria de peles”, destaca.

E reforça: “O uso de pele não tem lugar em nenhuma sociedade compassiva e hoje seu uso é desnecessário e indesculpável. Claramente, o uso de pele é imoral, cruel e bárbaro.”

Não há razão para usar peles de animais

Stella McCartney também frisa que além das razões éticas para proibir a venda de peles de animais, pesquisas apontam que esses produtos são completamente insustentáveis.

“A indústria de peles é rápida em tentar defender isso, dizendo que a pele é natural e, portanto, sustentável, mas é claro que isso é falso e totalmente enganoso. Há implicações ambientais quando se trata de peles artificiais, no entanto, agora há peles tão bem produzidas que não há razão para usar peles reais.”

Alternativas mais sustentáveis

A estilista revela que atualmente estão trabalhando em uma solução sustentável que recebeu o nome KOBA – Fur Free Fur, que se volta à próxima geração de peles criadas a partir de ingredientes de base biológica. O material garante redução de 30% do uso de energia e de 63% da contribuição às emissões de gases do efeito estufa em relação aos materiais sintéticos convencionais.

“Exorto todos os que estão lendo isto a espalhar a palavra, ser responsáveis ​​e responsabilizar as marcas, não apenas quando se trata de peles, mas também de proteger a Mãe Terra. Vimos durante o período de quarentena que a natureza pode se curar, o que deve nos dar esperança para o futuro – nossas ações podem fazer a diferença, e a hora de agir é agora.”

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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