Covid-19 não atrapalha expansão do mercado de queijos veganos

Uma das empresas que o relatório destaca como ainda mais promissora nesse período é a grega Violife (Foto: Vegan Cheese Tasting/Violife)

Atualmente inúmeras pesquisas de mercado têm avaliado o impacto que a pandemia de coronavírus tem causado em diversos setores da indústria de alimentos. Embora alguns tenham amargado mais desesperança do que outros, há também aqueles que estão se sobressaindo bem apesar da crise.

Um exemplo é o mercado global de queijos veganos que prevê crescimento de R$ 6,2 bilhões até 2024, segundo projeção da Technavio divulgada ontem (9), que estima uma taxa de crescimento anual composta de pelo menos 8%.

Uma das empresas que o relatório destaca como ainda mais promissora nesse período é a Violife, fundada na Grécia e que chegou ao mercado brasileiro em agosto de 2019, depois de ganhar espaço na Europa e na América do Norte. Atualmente, entre os tipos de queijos vegetais com maior penetração no mercado global, em consequência da demanda, estão muçarela, parmesão, cheddar e cream cheese.

Mercado continua se desenvolvendo bem

São produtos que, para além do varejo, têm conquistado bastante espaço no setor de food service. Além disso, vale considerar que a boa projeção para o mercado de queijos veganos não sofreu nenhuma queda significativa nos últimos três meses.

Em março, por exemplo, a Infiniti Research apontou previsão de crescimento de R$ 6,46 bilhões até 2024 – o que significa que o mercado de queijos vegetais continua se desenvolvendo bem tanto em relação à captação de investimentos quanto em volume de vendas.

Afinal, não foi à toa que a Chr. Hansen, a maior fornecedora mundial de bactérias lácteas, com sede ao norte de Copenhague, disse que as alternativas à base de vegetais precisam fazer parte de sua estratégia para não perder mercado.

R$ 193,4 bilhões em alternativas aos laticínios

Outra previsão para 2024, mas da Research and Markets, diz respeito às alternativas aos laticínios em geral, não apenas queijos, e aponta movimentação de R$ 193,4 bilhões. Positivo para o setor também é o fato de que as alternativas não lácteas têm permitido um cenário com mais diversidade de empresas e marcas no mercado, favorecendo não apenas grandes grupos, como ocorre no setor leiteiro.

Além disso, como já vem acontecendo nos últimos anos, o mercado de queijos veganos tem se voltado não apenas para veganos e vegetarianos, mas também para intolerantes à lactose e outros consumidores que, por qualquer razão, estão substituindo os laticínios por produtos à base de vegetais, e a tendência é que esse crescimento se acentue cada vez mais em médio e longo prazo.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *