Esta semana, Greenpeace Brasil, Instituto de Estudos Econômicos (Inesc), Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), Instituto SocioAmbiental (ISA), Observatório do Clima e SOS Mata Atlântica assinaram uma carta em repúdio ao Plano Amazônia 21/22, do governo federal.
O documento, aliado ao discurso do presidente Jair Bolsonaro no dia 22, foi elaborado para convencer a comunidade internacional de que o governo brasileiro tem um bom plano para enfrentar o desmatamento da Amazônia.
No entanto, as entidades contestam que o governo esteja agindo de forma responsável em relação ao bioma ao destacar dados que não reafirmam esse compromisso.
“O desmatamento na região [amazônica] alcançou em 2020 a área de 11.088 Km², a maior desde 2008. O que o governo apresentou foi um plano vazio de conteúdo, que expressa a mera intenção genérica de até o final de 2022 reduzir o desmatamento aos níveis da média histórica do Prodes (2016/2020), que é de 8.718 km²”, criticam.
“Oferecer recursos ao Brasil seria entregar cheque em branco”
“Com essa área o desmatamento seria quase o dobro do alcançado em 2012, quando o governo brasileiro conseguiu efetivamente reduzir a devastação por meio do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal.”
A carta frisa que o número é 122% maior do que a meta estabelecida para a redução do desmatamento no bioma pelo regulamento da Política Nacional sobre Mudança do Clima, que deveria ter sido cumprida até 2020.
“A intenção expressa no plano é, portanto, a prova de que o governo desmontou a política pública de combate ao desmatamento que vinha funcionando”, acusam.
As sete entidades desestimulam a comunidade internacional a destinar recursos para o governo brasileiro. “Oferecer recursos ao Brasil, neste contexto, seria entregar um cheque em branco que aumentará a violência e a destruição da Amazônia.”
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