Pesquisar
Close this search box.

Preferimos que os animais morram longe de nós

Se observamos no açougue ou no supermercado um animal morto, o desejamos em nosso prato, mas se o mesmo animal é encontrado morto fora de um espaço reconhecido como institucionalizado, é possível que os passantes lamentem por seu fim ou manifestem nojo. São duas reações que podem estar deslocadas da mesma motivação – a primeira […]

E se conhecêssemos a história dos animais que comemos?

Uma pessoa pode olhar para um animal e não vê-lo como alimento, o que também é comum; e quando o compra no açougue não lembra do animal que já viu e que tem partes dispostas naquele espaço de comercialização. Esse é o processo mais comum de desconexão, e porque as pessoas não são educadas para […]

Animais são invisíveis nos açougues

Animais são invisíveis nos açougues. Não estão lá, e se estão, também não estão. Quem vê? Quem não vê? Morto é inexistência que começa na encetadura da vivência. Se andam ou movem-se, não são o que são, e quando não andam ou movem-se, também não. Então quando são? Invisibilidade é precedência, precessão, porque o não […]

O fim do desejo pela carne

De madrugada, voltando para casa, parou em frente a um açougue desativado e observou preso à marquise um pedaço de carne iluminado por uma vela. Notou que a carne ganhou uma película que a impedia de ser assada, embora exalasse cheiro estranho e desagradável. Concluiu que uma ou várias pessoas trocaram as velas, porque não […]

Como sofrem os bois

Viagem do boi é longa, só pra morrer – alguém lucrar e alguém comer. Tem estranha e cruel multiplicidade nisso. Perspectiva vem da abertura pra onde quase ninguém olha, e quando olha vê como se não visse. Todo mundo junto, escolhido pra falecer, sem consideração do não querer. Idade não é mais importante do que […]