Tchecos e israelenses podem ampliar mercado de carne de cânhamo

(Foto: Craft Meat/Divulgação)

A Hempoint, da República Tcheca, e a Sustainable Agricultural Technologies (Roots), de Israel, estão avaliando uma parceria para produzir carne de cânhamo em grande escala na Europa. Hoje, quem já tem investido nesse mercado e conquistado bons resultados com seu foco em sustentabilidade é a Craft Meat, da Nova Zelândia.

A primeira é um cluster empresarial da organização sem fins lucrativos CzecHemp, dedicada ao desenvolvimento da indústria de cânhamo e de maconha com fins medicinais na República Tcheca.

O interesse pela parceria surgiu como resultado de um anseio mútuo em utilizar o cânhamo no desenvolvimento de melhores alternativas à carne, já que suas sementes oferecem uma proteína vegetal de alta qualidade, com baixíssimo teor de gordura, rica em aminoácidos essenciais e com potencial de regular o sistema nervoso, ampliar a função cerebral e ajudar a acelerar a reparação de células musculares.

No momento, a maior consideração tem sido a viabilidade comercial da produção de carne de cânhamo em grande escala. De qualquer forma, a CzecHemp já tem investido em meios de potencializar maior aproveitamento da proteína do cânhamo. Ou seja, viabilizando uma tecnologia que permita não apenas extrair uma quantidade regular de proteína, mas o máximo possível.

Um foco diferenciado e uma alternativa à ervilha

Outro diferencial é que o foco seria um produto diferenciado em relação a algumas opções no mercado – já que a prioridade é utilizar matéria-prima orgânica e desenvolver um produto mais saudável que possa ser incorporado à rotina alimentar.

A carne de cânhamo também é uma alternativa a leguminosas como a ervilha, já bastante utilizada nesse mercado, mas que pode ter uma produção insuficiente para atender a demanda no futuro. Além disso, há uma preocupação com uma diversificação, para evitar uma concentração em poucas culturas de cultivo.

Carne de cânhamo tem grande potencial na Nova Zelândia

Na Nova Zelândia, duas empresas e um instituto firmaram uma parceria para produzir carne vegetal a partir do cânhamo.

“Temos uma abundância de cânhamo de alta qualidade, por isso nos associamos ao Riddet Institute para trabalhar em pesquisas básicas e no desenvolvimento de produtos de cânhamo”, informa a Greenfern Industries, que está investindo na nova alternativa à carne em parceria também com a Sustainable Foods, que já tem experiência no segmento de carnes vegetais.

A intenção também é fornecer ingredientes para quem visa utilizar o cânhamo na produção de alimentos à base de vegetais. E o foco não é apenas a Nova Zelândia, já que os produtos também serão voltados à exportação.

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Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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