Dois milhões de visons são mortos para extração de pele na Lituânia

Além de cerca de 200 fazendas onde visons são criados com essa finalidade, a organização revela ainda que pelo menos 50 mil chinchilas e 4 mil raposas são mortos todos os anos nas chamadas “fazendas de pele” da Lituânia (Foto: Fur Free Alliance)

A Lituânia é considerada um dos maiores fornecedores de peles de visons do mundo. Estimativa da organização Fur Free Alliance aponta que sozinho o país báltico é responsável pela morte de dois milhões de visons por ano para atender a indústria da moda.

Além de cerca de 200 fazendas onde visons são criados com essa finalidade, a organização revela ainda que pelo menos 50 mil chinchilas e 4 mil raposas são mortos todos os anos nas chamadas “fazendas de pele” da Lituânia.

Os visons normalmente são mantidos confinados em pequenas gaiolas, onde suas necessidades mais básicas não são atendidas.

“Esses problemas não são isolados, ocorrem em todas as fazendas de peles [não somente na Lituânia]. Problemas como canibalismo e lesões são inerentes às fazendas de peles e resultam das condições de confinamento. Seria ingênuo pensar que confinar alguns animais predadores em uma gaiola não culminaria em agressão entre os próprios animais”, destaca a Fur Free Alliance.

O que também impede que os visons ajam naturalmente quando mantidos em confinamento é o fato de que eles são animais solitários e semi-aquáticos. “O estresse de viver em gaiolas pequenas com outros animais causa comportamentos anormais extremos, como brigas, canibalismo e automutilação”, afirma a organização.

Uma prova dessa realidade são os vídeos criados a partir de investigações realizadas pela Open Cages Lithuania, que mostram como animais distantes do seu habitat são submetidos a uma realidade cruel para que pessoas possam ter o “privilégio” de usarem produtos que dependem da violência contra criaturas de outras espécies.

 

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *