Um criador de animais vai responder criminalmente por maus-tratos contra 108 leões, tigres, linces e leopardos na África do Sul. De acordo com o Conselho Nacional das Sociedades para a Prevenção da Crueldade Contra os Animais (NSPCA), desse total, 27 leões foram encontrados com sarna severa, outras doenças parasitárias, desidratados e incapazes de andar em uma fazenda perto de Lichtenburg.
O proprietário da fazenda faz parte do Conselho da Associação de Predadores da África do Sul, que representa criadores de leões que dizem “promover e vender uma imagem positiva da indústria de criação e caça predatória” – uma infeliz prática ainda comum no país, segundo a Born Free Foundation, que realiza campanhas para acabar com a criação de leões em cativeiro.
Os filhotes de leões encontrados vivendo em péssimas condições em Lichtenburg seriam vendidos e oferecidos em atividades recreativas para caçadores – ou então à indústria de comércio de ossos de leões.
O que evitou esse destino foi a acusação formal feita pela NSPCA na semana passada. “A criação intensiva de leões e a sua exploração visando lucro é completamente inaceitável. A indústria de criação de leões da África do Sul não serve para fins de conservação. Os animais muitas vezes sofrem vidas miseráveis e curtas como entretenimento de turistas, como prática de alvo para caçadores de troféus e como meros produtos para o comércio”, critica Mark Jones, da Born Free.
E acrescenta: “O comércio internacional de ossos de leões e outros produtos estimula a demanda e coloca em risco os leões selvagens. A África do Sul tem a responsabilidade de fechar essa indústria.”
Uma resposta
Inimaginável uma coisa dessas. Seres abomináveis esses”humanos”. Deveriam ser usados na alimentação desses pobres animais. O mundo cruel.