A caça é sempre pior do que parece

Acervo: NY Post

Não é raro um sujeito aparecer junto a um animal morto e com expressão de satisfação após tê-lo caçado. O sangue daquela criatura desfalecida ainda quente em contato com a sua mão, mas ele está em frenesi.

Está tão imerso no desconhecimento, no obscurantismo e na ignorância que nem se dá conta de que a sua satisfação e o seu prazer estão associados à morte.

Deveria a morte violenta, coercitiva e indesejada ser associada às coisas boas da vida? Como podemos vincular violência e tortura de vulneráveis ao prazer? Deleite? Contentamento?

Deveríamos sorrir quando matamos animais apenas porque queremos e podemos? Seria a “valiosa lição” de que há vidas que podemos suprimir, destruir, exterminar sem qualquer prejuízo consciencioso ou moral?

Deveríamos comemorar? Vibrar? Mesmo nos casos em que um animal é pretensamente apontado como um problema, o ser humano opta sempre pela solução mais fácil – que é exterminá-lo o mais rápido possível.

“Matemos e está resolvido!” Não se fala em alternativas, porque alternativas “custam caro”, e vidas não humanas infelizmente valem pouco neste mundo.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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