Animais sofrem maus-tratos em 12 dos principais zoos e aquários do mundo

Leões usados em shows de arena em Puy du Fou, na França; e golfinho usado como “prancha” em apresentação no Zoomarine, em Portugal (Fotos: WAP)

Uma recente investigação da organização World Animal Protection (WAP) revelou que animais estão sofrendo maus-tratos para entreter turistas em atrações filiadas à Associação Mundial de Zoológicos e Aquários (WAZA).

Em 12 dos principais zoológicos e aquários do mundo visitados pela organização, os animais foram submetidos a situações cruéis e degradantes. “Presenciamos cenas chocantes como tigres e leões sendo explorados em espetáculos de arena, golfinhos servindo de prancha para turistas e chimpanzés de fralda forçados a guiar pequenas motos”, denuncia a entidade.

O que foi testemunhado vai contra as diretrizes definidas pela WAZA, que afirmar que seus zoológicos e aquários afiliados não devem envolver animais “em shows, exibições ou experiências interativas nas quais eles executam comportamentos humilhantes e não naturais”.

No entanto, a investigação da WAP mostra que a orientação não está sendo realmente reconhecida e seguida. Em 75% das 1,2 mil atrações ligadas à WAZA, há, pelo menos, uma oferta de interação com animais, conforme relatório da entidade.

“Queremos que a WAZA comunique e esclareça suas diretrizes a todos os seus afiliados e revogue o status de membro de qualquer instituição que se recuse a cancelar atividades que exploram os animais”, defende a World Animal Protection.

Alguns locais em que a organização encontrou animais submetidos a situações cruéis e degradantes:

África do Sul

  • Cango Wildlife Ranch
  • Mystic Monkeys & Feathers Wildlife Park

Austrália

  • Sea World

Canadá

  • Jungle Cat World
  • African Lion Safari

Estados Unidos

  • SeaWorld – San Antonio

Filipinas

  • Avilon Zoo

França

  • Zoo D’Amneville
  • Puy du Fou

Japão

  • Ichicara Elephant Kingdom

Portugal

  • Zoomarine

Singapura

  • Ilha dos Golfinhos (Resorts World Sentosa)

Para ler o relatório completo da World Animal Protection, clique aqui.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *