Ásia: Demanda por carnes vegetais pode crescer 200% até 2025

Os países hoje apontados como mais promissores em relação à demanda por carnes vegetais na Ásia são China e Tailândia (Foto: EE Times Asia)

De acordo com uma pesquisa da DuPont Nutrition & Biosciences, o mercado de carnes vegetais na Ásia pode crescer 200% até 2025. Segundo o gerente de marketing da empresa que oferece soluções para as indústrias de alimentos, medicamentos e biotecnologia, Mark Cornthwaite, a “categoria de alternativas à carne está realmente ganhando impulso e há muitas oportunidades de crescimento”.

Os países hoje apontados como mais promissores em relação à demanda por carnes vegetais na Ásia são China e Tailândia. O primeiro, por exemplo, já conta com uma indústria de alimentos à base de vegetais que está se desenvolvendo com apoio do governo chinês, que assumiu um compromisso de reduzir o consumo de carne no país em 50% até 2030.

O interesse ganhou mais força após uma avaliação do cenário de possível surgimento de novas pandemias; até porque a covid-19 intensificou os problemas dos chineses, que já vinham enfrentando dificuldades a partir da propagação da peste suína. 

Entre as startups chinesas que têm despontado estão a Zhenmeat, Hero Protein e Hey Maet. Atualmente, tanto os consumidores da China quanto da Tailândia que têm interesse em alimentos de origem não animal buscam opções que ofereçam mais qualidade – combinando sabor, nutrição e conveniência, conforme destacado pela DuPont.

“Estamos prestes a ver um grande aumento da demanda”

A líder regional de marketing da empresa que oferece soluções para indústrias de diferentes segmentos, Michelle Lee, defende que “estamos prestes a ver um grande aumento da demanda por alternativas à carne, e que as empresas precisam começar a se preparar agora para essa realidade”.

Vale lembrar que esse mercado já movimenta 10 bilhões de dólares por ano na China e tem condições de ir muito além, conforme divulgado pela Rabobank com base em dados da Euromonitor International.

Também há uma estimativa do Instituto de Pesquisas Plant & Food apontando que antes do surto do novo coronavírus 39% da população da China já reconhecia a importância da redução do consumo de carne – o que é vantajoso para o mercado de alimentos à base de vegetais.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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