Ativistas foram às ruas no Dia do Veganismo em Brasília

Aproveitando o Dia Mundial do Veganismo, celebrado no último dia 1º, ativistas foram às ruas de Brasília (DF) para motivar mais pessoas a tornarem-se veganas, adotando um estilo de vida em oposição à exploração animal.

Os manifestantes exibiram grandes faixas verdes pedindo que motoristas e transeuntes considerem o veganismo. Na Rodoviária de Brasília, também lembraram que só no Brasil bilhões de animais são mortos por ano para consumo.

Em 2018, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil matou mais de 5,77 bilhões de animais. No total, não estão incluídas todas as espécies mortas para consumo por ano, mas somente bovinos, suínos e frangos.

Foram 31,90 milhões de bovinos abatidos no país no ano passado. Os estados que mais mataram bovinos foram Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, em ordem do primeiro ao terceiro colocado.

Em relação aos suínos, foram mortos 44,20 milhões em 2018, com Santa Catarina em primeiro lugar, seguida pelos estados do Paraná e Rio Grande do Sul. Mas nenhum animal terrestre no mundo todo supera o volume de abate do frango.

Foram mortos 5,70 bilhões de frangos em 2018, com o Paraná respondendo por 31,4% do volume nacional, seguido por Rio Grande do Sul (15%) e Santa Catarina (13,4%). Em um país com uma população de 209,3 milhões de pessoas é surpreendente considerar que matamos 5,77 bilhões de animais por ano para reduzi-los a alimentos.

Mesmo com a morte de tantos animais para consumo, o que virtualmente pode criar uma ilusão de “prosperidade nacional” fundamentada na matança de seres não humanos, o Brasil é um país que no último ano passou a ter quase dois milhões de pessoas a mais vivendo em situação de pobreza, segundo os Indicadores Sociais (SIS), do IBGE.

O país onde se mata orgulhosamente bilhões de animais para consumo por ano, depois de alimentar muitos com grandes quantidades de vegetais, conta hoje com pelo menos 5,2 milhões de pessoas passando fome, conforme o relatório “O Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo 2018”, da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agropecuária (FAO).

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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