Pesquisadores da Universidade Tsinghua e da Universidade de Nanquim, na China, desenvolveram uma tecnologia de expansão celular que acelera a produção de carne cultivada em mais de 100% em comparação com outras tecnologias, o que também permite torná-la um produto de mais fácil comercialização e escalonamento.
Segundo um comunicado das instituições, a tecnologia que utiliza microtransportadores porosos 3D já possibilitou a criação de almôndegas com cinco vezes mais proteínas e três vezes menos gorduras do que os alimentos convencionais, ou seja, resultantes do abate de animais.
“Esse método de engenharia da carne permite uma biofabricação em grande escala de alternativas à carne moída, como almôndegas ou salsichas, que pode transformar o futuro das carnes.”
De acordo com uma pesquisa realizada pela Lever China com dois mil consumidores, 90% dos chineses afirmaram que estão dispostos a consumir carne cultivada.
A China divulgou por meio da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma o seu 14º Plano Quinquenal, que terá como uma das prioridades o desenvolvimento de tecnologia voltada à produção de proteínas alternativas.
Conforme o documento, o objetivo é reduzir a pressão da produção de proteína animal sobre os recursos naturais – melhorando a segurança e sustentabilidade do sistema alimentar chinês.
“O governo enfatizou a importância do setor de proteínas alternativas e apoia seu avanço fornecendo apoio a empresas e investidores, e promovendo o desenvolvimento dessa indústria”, afirma Cecilia Zhao, Gerente de Projetos da Lever China, fundo dedicado ao desenvolvimento do mercado de novas proteínas no país.
“As proteínas alternativas desempenharão um papel fundamental de ajudar o país a alcançar a neutralidade de carbono e a construir um sistema alimentar seguro, e continuaremos trabalhando com startups e empreendedores para acelerar a transição para fontes de proteína mais diversificadas, saudáveis e sustentáveis.”
