Com até 63% menos gordura, leites vegetais ganham mais mercado

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Hoje é muito fácil encontrar pesquisas sobre a expansão do mercado de leites vegetais. Todo mês são divulgados novos dados e projeções sobre esse mercado em diversas partes do mundo.

Claro que em alguns países o crescimento é maior do que em outros. Compare, por exemplo, a realidade dos EUA, Inglaterra e Alemanha com a brasileira.

Mas isso não significa que esse mercado não esteja se desenvolvendo no Brasil. Afinal, basta considerarmos a criação e expansão das marcas de leites vegetais no país, assim como de maior oferta de opções.

Se há mais marcas, mais produtos e se essas opções estão chegando a mais consumidores e em mais estados, mesmo que os preços ainda não sejam muito atrativos, não há como negar que há uma mudança em andamento.

Claro que isso nem sempre significa pessoas substituindo o leite de vaca pelo leite vegetal, mas, dependendo do preço, qualidade e disponibilidade, pode significar pessoas reduzindo o consumo de produtos de origem animal ou pelo menos reconhecendo esses produtos como opções em potencial.

Hoje, quem vai ao supermercado, facilmente se depara com leites à base de vegetais, mesmo que não tenha o hábito de comprá-los, e as opções são cada vez mais diversas, com produtos que podem atrair a curiosidade dos consumidores apenas por estarem expostos. A partir dessa experiência, alguém pode se perguntar: “É possível fazer leite disso? Não sabia…”

Outra alternativa em crescimento são os leites vegetais artesanais oferecidos por assinatura, em que o consumidor paga um valor para obter um número específico de bebidas frescas por mês que podem ser entregues ou retiradas.

Diferenciais dos leites vegetais

Mas, sem dúvida, o que determinará a compra desses produtos é o que está sendo oferecido e o que é mais importante para o consumidor. Uma pesquisa da Inkwood Research concluída em março, por exemplo, destacou que um dos diferenciais dos leites vegetais para quem quer evitar consumir laticínios, e que tem favorecido a expansão do mercado, é que há opções que chegam a ter até 63% menos gordura do que o leite de vaca.

Além disso, se a tabela nutricional apresentar maiores benefícios em vitaminas e minerais, assim como gorduras boas (ausentes no leite de vaca), e se o preço por esse produto for justo, isso se torna um bom chamariz.

No entanto, sabor e textura também são pontos muito importantes para os consumidores, assim como teor de açúcar, já que a busca por leites vegetais tem crescido tanto por parte de quem quer substituir o leite de vaca por já não considerá-lo saudável quanto por quem apenas quer um produto de origem não animal, mas que seja agradável ao paladar a ponto de motivá-lo a continuar comprando esse produto.

Com uma previsão de que o mercado de alimentos e bebidas à base de vegetais manterá uma taxa de crescimento anual composta de 9,29% até 2028, a empresa de pesquisa de mercado Inkwood qualifica que a adesão de mais consumidores aos leites vegetais e outras alternativas sem laticínios (como queijos, iogurtes, sorvetes, etc), será sustentada por fatores como preocupação com a saúde, bem-estar animal e sustentabilidade.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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