Como me tornei vegana ou vegetariana? – Parte X

Diana Galesso, Luciana Sendyk, Nara Salles e Siang Rodriguez (Fotos: Arquivo Pessoal)

Na série “Como me tornei vegana ou vegetariana?”, o VEGAZETA traz depoimentos de pessoas de várias regiões do Brasil, e também de fora do país, que se tornaram veganas, vegetarianas ou que abdicaram do consumo de carnes. O que será que motivou essa mudança? Uma experiência, uma história, um documentário, um filme, um artigo, um livro? Há muitas formas de alguém repensar o consumo de animais. Hoje, compartilhamos um pouquinho da história de transição de Diana Galesso, Luciana Sendyk, Nara Salles e Siang Rodriguez.

Diana Galesso, de Mauá (SP):

“Fui criada arrancando as penas das galinhas que minha mãe matava. Era tão natural quanto acordar todas as manhãs.  Mas no Natal de 2012, quando vi o peru saindo do forno, não desceu. Ficou ali no prato. Foi a porta da verdade, e nenhum animal mais sofreu sob meu jugo. Três anos depois conheci o veganismo e veio a libertação real. Hoje, lutar pela vida de nossos irmãos animais é meu motivo de viver, é a força que me move.”

Luciana Sendyk, de Brasília (DF):

“Me tornei vegana ao sentir os sintomas de uma pré-menopausa cruel, mas a situação se reverteu e não entrei na dita cuja até hoje. Havia comprado há anos um livro chamado ‘Comer Animais’, de Jonathan Safran Foer. Mas como sabia que ele me forçaria a mudar toda a minha alimentação, fui protelando a leitura. Quando o li, parei de comer carne, mas mantive ovos e leite por algum tempo. Minha motivação é fortemente ideológica, até mais contra as corporações do que pelos animais. Hoje, compro quase todos os meus alimentos direto do produtor, sem intermediários. Sei quem planta meus vegetais (o Ronaldo, da CSA), meu café, feijão, castanhas, arroz (MST, o maior produtor de arroz orgânico da América Latina) e quem produz o meu tahine. Sou senhora da minha nutrição, do meu corpo, da minha vontade e abraço o estilo de vida no qual acredito.”

Nara Salles, de Torres (RS):  

“Fui criada em uma fazenda de ‘gado de corte’ e via o sofrimento dos animais. Desde a tenra idade, eu pensava que não estava certo criar animais para matar. Foi por isso que me tornei vegana.”

Siang Rodriguez, de Franca (SP):

“Cresci em meio aos animais. Quando tinha oito anos, presenciei o vizinho do meu avô prestes a matar um carneiro. Naquele momento, o carneiro praticamente se ajoelhou diante dele como se pedisse clemência, compaixão. Lembro que escorria lágrima dos olhos do carneiro. E o Vizinho desistiu e o poupou. Esse Carneiro ainda viveu mais uns três anos. Morreu por causa de uma picada de cobra. Essa foi uma das coisas que me fez mudar meus hábitos aos 12 anos.”

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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