Como me tornei vegano ou vegetariano? – Parte III

Fernando Guerra da Costa, Marcelo Rinaldi, Tamara Ferreira e Tatiane da Costa (Fotos: Arquivo Pessoal)

Na série “Como me tornei vegano ou vegetariano?”, o VEGAZETA traz depoimentos de pessoas de várias regiões do Brasil, e também de fora do país, que se tornaram veganas ou vegetarianas. O que será que motivou essa mudança? Uma experiência, uma história, um documentário, um filme, um artigo, um livro? Há muitas formas de alguém repensar o consumo de animais. Hoje, compartilhamos um pouquinho da história de transição de Fernando Guerra da Costa, Marcelo Rinaldi, Tamara Ferreira e Tatiane da Costa.

Fernando Guerra da Costa, de Brasília (DF):

“Completarei três anos de veganismo no dia 1º de fevereiro. O que me fez conhecer o veganismo foi um vídeo de câmeras escondidas da organização L214 sobre o abate de animais. Eu disse a mim mesmo que aquilo era bárbaro e não havia qualquer bem-estar animal ou legislação capaz de ser respeitada nesse sentido. Pesquisei sobre o abate no Brasil e nos EUA e vi que era basicamente a mesma coisa. Depois vi que o sofrimento na indústria do leite e de ovos também era tão ruim quanto na indústria da carne. Quase não tive transição. Nunca mais contribuí com essas indústrias.”

Marcelo Rinaldi, de Itajubá (MG):

“Foram vários fatores, mas o derradeiro foi uma reportagem em que ativistas tinham resgatado alguns frangos de um acidente de trânsito, daqueles caminhões tenebrosos que os transportam. O fato é que os salvaram por pouco tempo, porque como os frangos estavam no tempo de serem assassinados, eles estavam o mais inchado possível! Independente de serem hormônios ou antibióticos, a verdade é que morreriam em breve em decorrência de qualquer complicação cardíaca ou respiratória. Encontramos aqueles animais resgatados que não iriam poder gozar de uma vida livre. Isso acabou comigo naquele momento. Algo mudou de imediato.”

Tamara Ferreira, de São Carlos (SP):

“Parei de comer animais em 2015 após assistir “A Engrenagem”, da Nina Rosa. A partir daquele momento tudo fez sentido. Então não me alimentei de mais nenhum ser vivo senciente e fui mudando todos os meus hábitos e gostos. Posso afirmar com toda certeza do mundo que foi a melhor escolha que fiz. Hoje organizo a Feira Vegana de São Carlos, que em sua primeira edição recebeu mais de duas mil pessoas. Este ano vou para a minha segunda graduação, estudar nutrição e assim levar mais informações para as pessoas.”

Tatiane da Costa, de Santa Bárbara d’Oeste (SP):

“Eu tinha 12 anos quando fui de férias pra Bahia. Lá, em uma chácara da família, fiz amizade com um cabrito que horas depois descobri da pior forma possível que seria o nosso almoço. Jamais esqueci o seu olhar de desespero, mas só me tornei vegana há quatro anos.”

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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