Consumidores têm grande interesse em queijos sem uso de animais, “mas desde que tenham gosto de queijo”

Formo está desenvolvendo queijos sem uso de animais que prometem mesmo sabor das versões convencionais (Foto: Formo/Divulgação)

Uma pesquisa realizada pela Universidade de Bath, na Inglaterra, em parceria com a startup Formo, revelou que os consumidores têm grande interesse em queijos livres do uso de animais, “mas desde que tenham gosto de queijo”. Ou seja, sabor e textura das versões convencionais.

De um total de 5.054 entrevistados no Brasil, Alemanha, Índia, Reino Unido e EUA, 71% disseram que comprariam queijo produzido sem o uso de animais, mas desde que fosse bem semelhante ao queijo que estão acostumados a consumir.

O resultado foi considerado positivo porque esse é o objetivo de empresas como a alemã Formo, que tem se dedicado à fermentação de precisão para oferecer alternativas mais atrativas aos tradicionais produtos lácteos. Há empresas do segmento que já prometem comercializar seus produtos a partir de 2023.

A Formo investe no desenvolvimento de proteínas bioidênticas e livres de animais, mas que ofereçam o mesmo sabor e funcionalidade dos queijos de origem animal. Segundo a pesquisa, ainda há muita insatisfação dos consumidores em relação aos queijos de origem vegetal.

“Consumidores estão prontos para um novo tipo de queijo”

“Assim como vimos o leite vegetal ocupando uma fatia cada vez maior do mercado de leite nos últimos anos, agora vemos que os consumidores estão prontos para um novo tipo de queijo livre de animais”, afirmou o PhD Christopher Bryant, da Universidade de Bath.

“Ver os crescentes grupos de consumidores jovens e flexitarianos incentivando a adoção de queijos sem animais é um grande indicador de que esses produtos atrairão consumidores muito além dos nichos de mercado do queijo vegano atual”.

O cofundador e CEO da Formo, Raffael Wohlgensinger, disse que os consumidores estão prontos para os produtos lácteos livres de animais. “

“Não há melhor momento para nos perguntarmos o que queremos do nosso sistema alimentar e é agora que os políticos devem apoiar a inovação sustentável como a fermentação de precisão. No que diz respeito ao futuro dos alimentos, ambientes em rápida evolução como os EUA e Singapura estão começando a se tornar centros de inovação, então é hora dos políticos reconhecerem o potencial das proteínas alternativas por meio de iniciativas proativas.”

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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