Consumo de hambúrguer vegetal chega a 228 milhões de unidades nos EUA em 120 dias

Hambúrgueres vegetais se apresentam como alternativa mais saudável em comparação com os hambúrgueres tradicionais (Foto: Eluxe Magazine)

A cada dia que passa novas pesquisas mostram como o mercado norte-americano está sendo cada vez mais aquecido pelo setor produtivo de alimentos à base de plantas. Ontem a empresa de pesquisa de mercado NPD Group publicou um relatório mostrando que de janeiro a maio deste ano o consumo de hambúrguer vegetal chegou a 228 milhões de unidades nos Estados Unidos.

É um número bastante alentador para quem está investindo em alternativas à carne, e já representa incremento de mais de 10% em relação ao mesmo período de 2018.  E o que tem impulsionado esse interesse é a oferta de novos produtos que estão atraindo não apenas quem não consome alimentos de origem animal, mas também exatamente quem consome e está se abrindo para um novo universo de possibilidades alimentícias.

Além disso, os hambúrgueres vegetais se apresentam como alternativa mais saudável em comparação com os hambúrgueres tradicionais cada vez mais associados aos altos índices de problemas de saúde desencadeados na população norte-americana – incluindo problemas cardíacos, câncer e obesidade.

“Os hambúrgueres à base de plantas permitem que os consumidores façam uma substituição sem qualquer sacrifício. Eles garantem a experiência de um hambúrguer enquanto atenuam suas necessidades de proteínas e preocupações sociais [em decorrência de não comer um hambúrguer de carne bovina, por exemplo]”, diz o analista do setor de alimentos e bebidas da NPD, Darren Seifer.

Enraizado na cultura norte-americana há mais de meio século, dizer para os estadunidenses pararem de comer hambúrgueres simplesmente não funcionaria. Então a alternativa mais viável hoje é oferecer opções de substituição. E quanto mais disponibilidade, mais os consumidores se aproximam dos alimentos à base de vegetais e se afastam das versões convencionais baseadas em carne e outros ingredientes de origem animal.

E com a recente promessa da Beyond Meat e de outras marcas de baratearem seus produtos sem comprometer qualidade, seja simplificando mais o processo produtivo ou substituindo matérias-primas mais caras, a tendência é de que mais pessoas nos EUA se voltem para as alternativas à base de vegetais.

Jornalista e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário (MTB: 10612/PR)

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