De acordo com informações da NutriScience Solutions, empresa canadense que é referência internacional em ciência e tecnologia de alimentos, o consumo global de proteínas à base de plantas deve duplicar até 2025 – subindo dos atuais oito bilhões de toneladas por ano para 16,3 bilhões de toneladas.
A declaração foi feita na semana passada pela presidente da NutriScience, Kelley Fitzpatrick, durante o evento Global Grain em Genebra, na Suíça, onde foram discutidas as projeções de produção e consumo de grãos nos próximos anos, assim como suas finalidades.
Segundo Kelley, o mercado de proteínas à base de plantas já é forte e está crescendo bastante. Ela declarou que o que tem impulsionado esse mercado são os consumidores com faixa etária de 23 a 37 anos; e também a geração Z – de jovens com menos de 23 anos, que têm optado cada vez mais por fontes de proteínas de origem vegetal.
A presidente da NutriScience prevê que a soja deve continuar sendo o grão dominante no mercado de proteínas à base de plantas, representando cerca de 77% desse mercado, seguida por proteína de trigo e de ervilha.
Proteínas à base de plantas estão em alta
Não é novidade que as proteínas à base de plantas estão em alta em várias partes do mundo, e isso não se deve apenas a veganos e vegetarianos, de acordo com um estudo publicado no final de outubro pelo Grupo NPD.
A pesquisa aponta que embora veganos e vegetarianos contribuam com esse mercado, cerca de 90% das alternativas à carne são consumidas por pessoas que ainda comem alimentos de origem animal; mas que por algum motivo estão voltando sua atenção a opções que não envolvem uso ou abate de animais.
Pessoas nascidas entre 1981 e 1996, e classificadas como millennials, respondem pela maior parte desse consumo. Mas seria essa uma tendência estimulada por hábito transitório? Não é o que diz a pesquisa.
O NPD prevê que os alimentos à base de plantas, em graus variados, têm poder de permanência. “Esse grupo [millennials] adotou alternativas à carne à base de plantas como uma maneira de se entregar de maneira sensata às suas metas de saúde a longo prazo, assim como preocupações com o tratamento dispensado aos animais”, informa.