Nesta quinta-feira (26), quarto dia de protestos do movimento Animal Rebellion em Londres, vários ativistas foram presos depois de tingirem de vermelho a fonte do Victoria Memorial, situado no Palácio de Buckingham.
Os protestos começaram após a divulgação de um relatório revelando que ministros escoceses foram pressionados pela Rainha Elizabeth II para alterarem um projeto de lei que visa o combate às mudanças climáticas.
A modificação garante à família real que suas terras fiquem isentas de um compromisso de medidas a serem adotadas para redução de emissões de carbono.
“A família real é a maior proprietária de terras do Reino Unido e optou por usá-las para a pecuária e a caça, que não apenas dizimam nosso meio ambiente, mas causam a morte de milhões a cada ano. É hora de um novo sistema baseado na justiça e na compaixão, e a família real deve liderar o caminho”, diz a porta-voz do movimento, Harley McDonald-Eckersall.
Animal Rebellion defende outro uso para a terra
Vale lembrar que a família real é alvo de protestos de grupos de direitos animais há décadas por seu apoio à caça, corrida e comércio de peles. Isso, segundo o Animal Rebellion, é mais um motivo para a manifestação, assim como o impacto da pecuária.
“As terras da coroa britânica devem ser usadas para cultivar alimentos saudáveis e nutritivos para todos e fornecer lares para os animais com os quais compartilhamos este país”, frisa McDonald-Eckersall. “Estamos exigindo que a rainha acabe com o uso das terras da coroa para indústrias que estão contribuindo para a emergência climática e com a morte de animais.”
Saiba Mais
Os protestos do movimento Animal Rebellion, que defende uma transição para um sistema alimentar à base de vegetais e sem violência contra animais, terão duração de duas semanas.
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